Pular para o conteúdo principal

Oficina de Formação da UNI Juventude debate questões sociais, diversidade e saúde mental

Imagem Destaque
Jovens sindicalista na Oficina de Formação da UNI Juventude

Foi realizada nesta segunda-feira, 4 de outubro, na Colônia de Férias dos Comerciários, localizada em Praia Grande, a Oficina de Formação da UNI Juventude. O evento reuniu jovens sindicalistas de todo o Brasil, e debateu questões sociais, diversidade e saúde mental.

Representaram o Sindicato a secretária-geral da entidade e presidenta da UNI Américas Juventude, Lucimara Malaquias; e os dirigente sindicais Edegar Faria, Andrey Hidalgo e Mércia Oliveira.

“A oficinal de formação da UNI Juvenrude é um evento importantíssimo para trocar experiências, fortalecer a luta por direitos e construir juntos um futuro do trabalho mais justo e saudável para todos”, enfatiza Lucimara Malaquias.

“É muito importante este espaço de troca de experiências e conhecimentos para que os jovens sindicalistas estejam cada vez mais preparados para defender os direitos da sua categoria. No caso do Sindicato dos Bancários, somos uma entidade com muitos jovens, muitas mulheres e sempre em renovação. Isso oxigena a luta sindical e nos aproxima cada vez mais da categoria”, reforça Edegar Faria.

Saúde Mental

Na parte da manhã, foi realizada uma mesa de debates sobre saúde mental, com a presença do psicólogo Murilo Centrone, na qual foram compartilhadas as experiências de diversas categorias, de forma que ficou perceptível como o adoecimento mental é um problema que afeta todo o conjunto dos trabalhadores.

O debate apontou que é necessário, no caso de doenças relacionadas ao trabalho, um olhar coletivo e estrutural para os problemas que afetam a saúde mental dos trabalhadores, uma vez que é comum que os empregadores encarem o tema como de foro íntimo, terceirizando a responsabilidade pelo adoecimento para o próprio trabalhador, sem reconhecer o papel do assédio moral, da sobrecarga de trabalho e da pressão abusiva por metas.

Introdução ao Letramento LGBT+ e a Empregabilidade Trans no Brasil

Na parte da tarde, foi realizada a mesa Introdução ao Letramento LGBT+ e a Empregabilidade Trans no Brasil, que teve a condução de Lucimara Malaquias e Edegar Faria.

Para contextualizar o tema da empregabilidade trans no Brasil, foram apresentados dados que mostram que essa parcela da população ainda luta pelo direito a existir. De acordo com a ANTRA (Asssociação Nacional de Travestis e Transexuais, em 202, 145 pessoas trans foram assassinadas no Brasil.

Já segundo a Trans Murder Monitoring, entre 2008 e 2022, de acordo com monitoramento realizado em 80 países, 4.629 mortes de pessoas trans foram registradas. Destas, 68% ocorreram na América Latina. No Brasil, foram registradas 1.741 mortes; seguido pelo México, com 649; e EUA, com 375.

Em relação a empregabilidade, de acordo com a TransEmpregos, apenas 4% das pessoas trans e travestis possuem carteira assinada. Destas, 70% estão em níveis operacionais e recebem 26% menos que seus colegas cis, segundo o portal Vagas.com. Somente 0,02% das pessoas trans e travestir tiveram acesso ao ensino superior (Antra).

Avanços da Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2024

Por fim, Lucimara e Edegar compartilharam com os jovens sindicalistas os avanços conquistados pela categoria bancária com relação a pauta LGBTQIA+. São eles:

  • Uso do nome social antes da alteração do registro civil no cartório
  • Letramento LGBTQIA+ nas instituições financeiras
  • Canal de Denúncias que acolha situações de LGBTfobia, em especial transfobia
  • Realização de nova edição do Censo da Diversidade

Durante o debate, os jovens sindicalistas presentes concluíram que o primeiro passo para avançar nas pautas LGBTQIA+ no mundo do trabalho é sensibilizar as diretorias das entidades sindicais sobre o tema, de forma que abracem a causa.

seja socio