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Chapéu
Mobilização

Em ato no Master, Sindicato cobra respeito aos direitos dos trabalhadores

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Foto mostra dirigentes em ato em frente ao Banco Master

Com faixas e caixa de som, dirigentes do Sindicato dos Bancários de São Paulo estiveram na manhã desta segunda-feira 24, em frente à sede do Banco Master, no Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo. O ato foi para demonstrar apoio aos trabalhadores e trabalhadoras do grupo, que atravessam momentos de instabilidade e ansiedade em razão da crise que atinge a instituição, e também para cobrar que os direitos desses trabalhadores sejam respeitados.

“O Sindicato desde o primeiro momento está junto com os trabalhadores, cobrando transparência, previsibilidade e que todos os direitos deles sejam resguardados”, disse o diretor do Sindicato Irinaldo Barros.

Compromissos assumidos

Por conta do ato, os dirigentes foram convidados a dialogar com o interventor nomeado pelo Banco Central e o RH do Master. Na reunião, o Sindicato reivindicou máxima transparência e respeito aos trabalhadores, diante da liquidação do banco. Os representantes do banco se comprometeram a discutir possíveis demissões previamente com o Sindicato. E se comprometeram ainda em assegurar os bancários todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

“O Sindicato continua à disposição dos bancários e bancárias do Master. Caso haja qualquer dúvida, é importante que eles nos procurem. E convidamos aqueles que ainda não são sindicalizados a se sindicalizar, uma vez que oferecemos suporte jurídico. Não fique só, fique sócio”, enfatiza a dirigente Irene Juarez.


Entenda o caso

O Banco Master entrou em regime de liquidação extrajudicial após decisão do Banco Central, anunciada em 18 de novembro e motivada por uma grave crise de liquidez e “sérias violações” às normas do sistema financeiro.

Segundo dados do BC, o conglomerado Master – que inclui, além do banco, outras instituições controladas – acumula ativos de aproximadamente R$ 86,4 bilhões, com passivos exigíveis da ordem de R$ 83,2 bilhões. A intervenção representa uma das maiores liquidações já registradas no sistema financeiro nacional. O Banco Central destacou que a liquidação não representa risco sistêmico para o mercado, dado o porte relativamente pequeno do Master dentro do sistema.

Paralelamente, há apurações sob responsabilidade da Polícia Federal envolvendo fraudes financeiras, especialmente relacionadas à emissão de títulos de crédito supostamente falsos. Essas investigações ganharam força desde a decretação da liquidação, com prisão de controladores e congelamento de ativos.

Diante desse cenário, a mobilização do Sindicato visa garantir que, mesmo em meio à turbulência, os trabalhadores sejam tratados com dignidade e tenham todos os seus direitos preservados.

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