São Paulo – Para funcionários de algumas agências do Itaú, a semana de 8 de dezembro começou tensa. Três agências foram assaltadas, uma delas com bastante violência, o que fez o Sindicato questionar o banco sobre a segurança dos funcionários e a garantia de direitos.
Uma unidade na região do Pari teve parte de vidro frontal estourado e diversas marcas de bala quando um cliente, acompanhado de seguranças, se dirigia ao banco, na segunda-feira 9, aproximadamente às 14h. Segundo os trabalhadores, houve troca de tiros na calçada e cerca de dez estampidos foram ouvidos. “Embora tenha sido fora da agência, o vidro foi quebrado e pude registrar diversos estilhaços dentro da agência”, diz o dirigente sindical Sergio Francisco, ao mostrar fotos em seu celular em que se veem marcas de bala em persiana e em balcão localizado atrás de mesa de atendimento. Em cima de um dos balcões, havia um escaninho de acrílico, que foi totalmente destruído.
O Sindicato compareceu assim que informado e, ao apurar que o banco ainda não tinha enviado assistência psicológica aos funcionários, reivindicou o cumprimento de todos os direitos. “Além da assistência psicológica e médica, o banco deveria emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho, CAT, já que se trata de uma ocorrência que, felizmente, não teve vítimas, mas pode trazer sequelas futuras, como pânico e estresse pós-traumático”, explica o dirigente.
A CAT é uma comunicação feita pela empresa de que o trabalhador foi exposto a um acidente decorrente do trabalho. O documento garante, mais tarde, caso haja afastamento pelo INSS, que o funcionário tenha determinada estabilidade.
Outro assalto ocorreu na região do Belém, na segunda-feira 9, aproximadamente às 17h30. Seguranças foram rendidos por assaltantes, que entraram na agência pedindo calma. Não houve nenhum ferido. O dirigente Sergio Francisco foi ao local para apurar os fatos e esclarecer os trabalhadores sobre seus direitos na terça 11.
A ocorrência em Guainases não foi presenciada pelos funcionários. Assaltantes conseguiram arrombar as fechaduras de uma unidade na madrugada do dia 11. Segundo o pessoal da agência, ladrões já tinham “forçado” a fechadura, por diversas vezes. Após várias tentativas, conseguiram. De acordo com Sergio Francisco, o Sindicato reivindicou reforço na segurança para a proteção dos trabalhadores.
“Mesmo que não sejam imediatas, ações violentas podem causar adoecimentos psicológicos. O banco é o responsável por isso e nós cobramos a garantia de todos os direitos”, afirma o dirigente executivo do Sindicato Carlos Miguel Damarindo.
Secretário jurídico da entidade, Damarindo lembra que recentemente, por demitir bancário que se tratava de estresse pós-traumático, o Itaú foi condenado a pagar uma indenização de R$ 100 mil, por danos morais. Saiba mais ao clicar aqui: Itaú condenado por danos morais - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=6423
Mariana de Castro Alves – 12/12/13
