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Maracatu é reconhecido como patrimônio cultural

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Manifestação popular nordestina une ritmo, dança e cortejo. Título foi concedido às variações maracatu nação, maracatu baque solto e cavalo marinho
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Brasília – Manifestações culturais, o maracatu nação, o maracatu baque solto e o cavalo marinho receberam na quarta-feira 3 o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. O título foi concedido em votação unânime do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. O reconhecimento amplia a visibilidade pública sobre o bem imaterial e assegura maior apoio.

O maracatu nação é uma forma de expressão que apresenta um conjunto musical percussivo e um cortejo real que sai às ruas para desfiles e apresentações durante o carnaval. Os grupos são compostos majoritariamente por negros e se apresentam na periferia da região metropolitana do Recife. É entendido como uma forma de expressão que congrega relações comunitárias, compartilhamento de práticas, memória e vínculos com o sagrado.

O maracatu baque solto ocorre durante as comemorações do carnaval e da Páscoa. É composto por dança, música e poesia e está associado ao ciclo canavieiro da Zona da Mata (faixa litorânea da Região Nordeste que se estende do Rio Grande do Norte até a Bahia, passando pelos estados da Paraíba, de Pernambuco, de Alagoas e de Sergipe) e também tem apresentações no Recife. Diferente do maracatu nação, o baque solto é um resultado da fusão de manifestações populares, como cambindas, bumba-meu-boi, cavalo marinho e coroação dos reis negros.

O cavalo marinho é uma brincadeira popular envolvendo performances dramáticas, musicais e coreográficas e é apresentado durante o ciclo natalino. Os brincadores são, em geral, trabalhadores da Zona da Mata. A manifestação aparece também nas regiões metropolitanas do Recife e de João Pessoa. No passado, a brincadeira era feita nos engenhos de cana-de-açúcar e seu conhecimento é transmitido de forma oral. Nesta modalidade, são representadas cenas do cotidiano e do mundo do trabalho rural, com variado repertório musical, poesia, rituais e danças com personagens mascarados e animais, como o cavalo.


Agência Brasil – 4/12/2014
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