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TVs públicas devem ter pluralidade e experimentação

Linha fina
Quem defende é presidente da Ancine; ainda este ano, está prevista a abertura da segunda chamada pública da linha de produção de conteúdos, num valor de R$ 60 milhões, para cinco editais regionais
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São Paulo – O diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Manoel Rangel, defendeu na segunda-feira 7 mais espaço para a pluralidade, experimentação e inovação nas TVs públicas. “Acredito que ela só será relevante se conseguir exercer esse conjunto”, destacou, durante sua participação no Seminário de Programação da Linha de Produção de Conteúdos Destinados às TVs Públicas, na Cinemateca de São Paulo, promovido pela Ancine, em parceria com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Para ele, as televisões educativas, públicas e comunitárias devem fazer circular a produção independente. Ainda este ano, está prevista a abertura da segunda chamada pública da linha de produção de conteúdos, num valor de R$ 60 milhões, para cinco editais regionais.

Na primeira edição, em setembro, o projeto recebeu 768 propostas. Desse total, 94 foram selecionadas e 83 contempladas. O diretor-presidente da EBC, Américo Martins, considerou a primeira chamada um sucesso, devido ao grande número de inscritos. “Estamos aqui para discutir a segunda linha e garantir o apoio da EBC”, disse.

Programação – As produções independentes começam a ser exibidas nas televisões públicas no segundo semestre de 2016. Serão aproximadamente 250 horas de programação inédita (20 horas de séries de animação, 51 horas de ficção e 179 horas de documentários). Manoel Rangel adianta que, na chamada deste ano, serão priorizadas as obras mais seriadas. "(Isso) para apostarmos em uma programação de maior permanência na grade”, acrescentou.

O presidente da Associação Brasileira de Emissoras Públicas, Educativas e Culturais, Israel do Vale, espera que a inclusão dessas produções contribua para aumentar a relevância da programação das TVs públicas. “Não me parece razoável imaginar permanecer tratando as emissoras como se não fossem uma janela estratégica, que precisam receber condições adequadas para se estabelecerem e levar ao público a maior parte da produção brasileira, que nem chega às salas de exibição.”


Agência Brasil – 7/12/2015
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