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Chapéu
Internacional

Rede UNI Juventude debate tecnologia e reforma trabalhista

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Temas foram abordados na 1ª Oficina de formação da organização, realizada na Contraf-CUT
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Contraf-CUT, com edição da Redação Spbancarios

São Paulo – A primeira oficina de formação da Rede UNI Juventude Brasil, filiada à UNI Américas - braço para o continente da UNI Global Union, organização que representa mais de 20 milhões de trabalhadores em todo o mundo - , ocorreu sexta-feira 1º, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo. Os participantes debateram os impactos das novas tecnologias e da reforma trabalhista sobre a juventude e sobre o mercado de trabalho.

O encontro foi aberto pelo presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten. “Minha geração sabe o que esse grupo que toca o Brasil hoje fez no verão passado. É o mesmo grupo que tentou dar o golpe em 1954, mas não conseguiu assumir totalmente o poder. É o mesmo grupo que deu o golpe de 1964, contra a minha geração. Nós levamos 21 anos para conseguir nos reorganizar. Sabemos que quem mais vai perder é a juventude.”

O presidente da Contraf destacou ainda as ameaças do golpe de 2016. “A reforma previdenciária já sinaliza para o jovem que pode não ter direito à aposentadoria. Se a juventude acredita que ela é eterna, é perene, eu digo que não. Precisamos fazer oficinas para nos preparar. Além do golpe, para nos defender também de questões das alterações do mundo do trabalho do ponto de vista tecnológico. A maioria das vezes essa tecnologia não será utilizada para o nosso bem, para nos dar melhores condições de vida. Serão utilizadas, principalmente, para precarizar as condições de vida e de trabalho, para reduzir os salários. A tecnologia é absolutamente necessária e deve ser aplaudida por todos nós, mas tem que estar a serviço da humanidade. Vocês precisam ser os protagonistas das alterações que vão acontecer”, afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

A atividade reuniu jovens sindicalistas da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Força Sindical e da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST). Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Juventude da Contraf-CUT, enalteceu a importância da unidade das entidades, independentemente da central sindical a qual pertencem. “Além disso, temos o empoderamento dos jovens dirigentes num espaço de formação e com oportunidade de se posicionarem.”

No evento, Ricardo Martins, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores e Telecomunicações (Sintetel), ministrou a palestra sobre “O mundo digital e os reflexos para a juventude no mercado de trabalho”. Já Noemi Araújo, assessora legislativa do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), abordou “Prejuízos e reflexos da reforma trabalhista para a juventude e principais mudanças da reforma da Previdência”.

Lucimara Malaquias, vice-presidente da Rede UNI Juventude e dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, disse que a oficina é um momento muito especial. “Pois foi a primeira que a Rede Brasil organizou e teve a participação de diversos sindicatos, de centrais diferentes. Foi um evento para concluir o primeiro ano da Gestão 2017-2020. Por isso, a rede sai fortalecida para construir um 2018 com unidade e muito empenho para as lutas que já começaram e tende a se intensificar.”

Também participou do evento Neri Marset, dirigente da AEBU – Uruguai e presidente da Uni Américas Juventude.

Para Katlin Salles, titular UNI Juventude Américas, é hora de pensar no futuro, já que passamos por um momento de retrocessos nos direitos e conquistas dos trabalhadores, conquistados com muita luta e sacrifício. “É neste momento que a juventude está unindo forças para lutar. A oficina nos trouxe informações importantes com uma linguagem clara para os jovens.”

Márcio Rodrigues, do Coletivo da Juventude do Sindicato dos Bancários de São Paulo, frisou que o propósito foi alcançado nessa primeira oficina. “Foi um desafio, porém satisfatório, com a presença de nossos palestrantes. A importância desse evento é fortalecer a juventude contra todos os projetos neoliberais e juntos lutar pela nossa democracia.”
 

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