O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região reuniu-se na última quinta-feira (1º) com a diretoria da PSO (Plataforma de Suporte Operacional), a fim de cobrar soluções para as demandas e problemas apontadas pelos bancários, em plenária realizada no dia 23 de novembro, e que têm causado estresse, sobrecarga de trabalho e adoecimentos.
Segundo fator de autenticação (2FA)
Bancários queixam-se do uso de celular pessoal para realização do segundo fator. Após questionamento do Sindicato, o banco respondeu que, apesar de existir outra maneira de fazer a autenticação, além do uso do telefone celular, estuda outra forma mais ágil e eficiente para fazer as operações, como o uso da biometria.
“O celular é de uso pessoal, e o banco precisa de outras ferramentas para operacionalizar suas atividades”, frisou Willame de Lavor, dirigente do Sindicato e bancário do Banco do Brasil.
DJO
Outro tema abordado foi o DJO (operação de pagamentos de ações judiciais), atividade executada pelo setor da PSO. A preocupação apontada é que tratam-se de atividades complexas e, muitas vezes, os trabalhadores não estão devidamente capacitados por falta de treinamentos mais adequados.
Sobre esta questão, o banco comprometeu-se a realizar cursos de capacitação para os gerentes de módulo, a fim de ajudar os caixas e escriturários nas operações.
Planejamento de férias
Alguns bancários relataram dificuldades na programação de férias, em especial os que têm filhos. O banco reforçou que geralmente oferece três opções de datas para agendamento das férias, afirmou que tenta contemplar a todos nestes períodos, mas admitiu que pode pontualmente fazer ajustes.
Ainda informou que o planejamento de férias envolve várias questões, e é difícil ajustar todos os bancários dentro das necessidades, mas demandas específicas podem ser encaminhadas para o Sindicato, que serão levadas ao conhecimento da PSO.
“As férias não podem ser uma moeda de troca. Se existe a programação de agendamento, ela precisa ser respeitada para dar mais segurança ao trabalhador”, afirma Willame.
Sobrecarga de trabalho
Uma das reclamações dos trabalhadores é que há acúmulo de várias atividades, o que tem aumentando a cobrança e a sobrecarga. O banco alega que, com a queda da demanda das atividades tradicionais de caixas, como pagamentos de contas, o setor vem passando por transformações, e os bancários estão acolhendo diversas atividades.
A PSO reconhece a existência de novas demandas ao setor e a absorção de outras atividades, mas não deu solução para estes pontos. Esta questão será novamente abordada na mesa temática específica sobre a PSO, conquistada na Campanha Nacional Unificada 2022.
A dirigente Priscilla Semencio ressalta que “o adoecimento dos trabalhadores tem aumentado em virtude do excesso de cobranças, e a enxurrada de mensagens de hora em hora.”
Cobranças pelo WhatsApp
Na plenária foi denunciada a prática de cobrança pelo WhatsApp após o horário de serviço. Na reunião de quinta, a PSO Rede Capital destacou que a cobrança não deve ser feita depois do expediente, e comprometeu-se em utilizar somente os canais oficiais do banco.
Na última Campanha Nacional Unificada 2022 foram conquistadas Mesas Permanentes de negociação. Entre os temas abordados está a PSO. E nas discussões das mesas temáticas ficou acertado que os sindicatos têm o compromisso de continuar encaminhando as demandas da PSO e combatendo as metas abusivas.
Outros pontos levados à diretoria da PSO
Na reunião também foram abordadas outras questões levantadas pelos bancários na plenária, como cobrança de vendas no guichê; metas de horas de curso; sistema de engajamento; telemarketing ativo de cobrança de dívidas do sistema RAO; padronização de procedimentos; telemarketing; rodízio planejado e programado; discussão de equipes por tarefas; e adoecimento dos trabalhadores em virtude do excesso de cobranças.
O banco, porém, não apresentou respostas para estes pontos, que serão novamente abordados na mesa específica sobre a PSO, conquistada na última Campanha Nacional Unificada.
“Apesar de alguns pontos não terem sido abordados em profundidade, continuamos em contato com os bancários na busca de soluções e ajustes das atividades desenvolvidas. O que temos visto é apenas uma ultra vigilância dos caixas e gerentes e pouca percepção do adoecimento dos colegas”, enfatiza Priscilla.
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