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Chapéu
O Sindicato é feito de pessoas

Rita Berlofa: ‘No processo de globalização do capital, não é possível viver numa ilha e lutar sozinho’

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Rita Berlofa, vestido preto, cabelos curtos e grisalhos

“Até a década de 1990, não havia nenhum banco internacional no Brasil e com a vinda do espanhol Santander, nós sentimos a necessidade de conhecer mais sobre esse banco e a política que ele tinha em relação aos seus trabalhadores. A partir daí, iniciamos viagens para dialogar com os colegas sindicalistas espanhóis e percebemos que, nesse processo de globalização, não poderíamos continuar ilhados e lutar sozinhos”.

Essa fala é da dirigente sindical Rita Berlofa, Secretaria de Relações Internacionais da Contraf-CUT e diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Ela é a personalidade do episódio desta semana da série O Sindicato é feito de pessoas.

Rita Berlofa conta que iniciou sua carreira em 1985, na época no Banespa, foi convidada a integrar a diretoria do Sindicato dos Bancários a partir de 1997 e agregou aos demais companheiros na luta contra a privatização do Banespa, que finalizou nos anos 2000.

No movimento sindical bancário brasileiro e global, Rita Berlofa galgou caminhos incríveis e sua experiência a tornou a primeira mulher, e não europeia, a assumir um cargo mundial na Uni Finanças.

Dentre os esforços em conjunto na luta das mulheres, Rita destaca o papel fundamental da Uni Global Union junto a OIT na ratificação da Convenção 190 - que trata da violência contra a mulher no local de trabalho. E relembra que, em 8 de março de 2023, o governo Lula ratificou essa convenção.

Sobre a importância de uma filiação internacional, Rita destaca novamente que no mundo globalizado não é possível lutar sozinho e que a interferência global em cima dos trabalhadores é muito grande. Ela destaca ainda que estar afiliado e junto a um sindicato global proporciona trocas de experiências, que ajudam a debater diversas situações e buscar soluções mundiais para evitar prejuízos e defender os interesses dos trabalhadores ou de uma categoria.

Rita destaca ainda que o Sindicato dos Bancários de São Paulo é muito grande em número de trabalhadores, embora as pessoas não deem conta dessa grandeza, e que isso é perceptível quando as experiências são compartilhadas mundialmente com outros sindicatos. “O que é motivo de muito orgulho”.

E, para finalizar, Rita comenta sobre os desafios perante os 100 anos do Sindicato com o avanço da tecnologia, de como será os modelos de organização, e a luta pela manutenção de emprego, direito e redução da jornada de trabalho sem redução de salário.

Quer saber mais sobre a internacionalização do Sindicato e as experiências da dirigente sindical?

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