São Paulo - No dia em que sua capital completa 458 anos, todo o estado de São Paulo ganha presente. A data foi escolhida para o início da campanha Vamos tirar o planeta do sufoco, que prevê o fim das sacolas plásticas em todos os supermercados da Apas (Associação Paulista de Supermercados). Assim, a partir de 25 de janeiro essas embalagens, que demoram no mínimo 100 anos para se decompor e entopem bueiros causando enchentes, serão substituídas por sacolas reutilizáveis ou biodegradáveis, a serem vendidas ao consumidor. O meio ambiente agradece.
Os consumidores, já alertados pela mídia e por ações de marketing como a instalação de sacolas gigantes em vários pontos da cidade, devem levar suas sacolas de feira ou carrinhos de compra aos supermercados. Mudança que deve resultar em uma cidade mais limpa.
Segundo a Apas, o Brasil produz anualmente 135,9 bilhões de sacolas, o que corresponde a 503 toneladas de plástico. A associação não informa quanto desse total se concentra na cidade de São Paulo, mas considerando que se trata da maior capital e centro financeiro do país, o percentual é grande. E as sacolas plásticas, independentemente do caminho que percorram, acabam no lixo ou espalhadas pelas ruas.
Biodegradáveis – Apesar de oferecer ao cliente a alternativa do uso de sacolas biodegradáveis por R$ 0,20 cada, o objetivo da campanha não é a substituição de uma embalagem por outra. Segundo a Apas, as sacolas biodegradáveis não são a solução ideal, visto que também ocuparão espaço no ambiente. O ideal é que, aos poucos, os cidadãos se conscientizem e passem a levar às compras sacolas reutilizáveis de pano, lona, palha, TNT ou outro material reciclável.
A iniciativa já foi colocada em prática em outro município paulista. Em 30 de agosto de 2010, as sacolas plásticas foram abolidas dos supermercados de Jundiaí. Em seis meses, informa a Apas, mais de 240 toneladas de resíduos deixaram de ser gerados, e o projeto passou a contar com a aprovação de 77% da população da cidade.
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Andréa Ponte Souza - 23/1/2012
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