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São Paulo completa 460 anos tentando mudar

Linha fina
Cidade ganha mais corredores de ônibus, nova relação com problemas como o crack e busca participação da sociedade para tentar resolver velhas mazelas
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São Paulo - Uma cidade gigantesca. São 10,8 milhões de habitantes distribuídos por mais de 1.530 quilômetros quadrados de área. Uma cidade cheia de oportunidades. Sede de 38% das 100 maiores empresas privadas nacionais, de 63% dos grupos internacionais, de 100 das 200 empresas de tecnologia do país, onde estão 17 dos 20 maiores bancos. São 160 teatros, 110 museus, 260 salas de cinema, 64 parques, sete estádios de futebol. São Paulo é uma cidade que aos 460 anos, comemorados neste sábado 25 de janeiro, convive com números tão grandiosos como os problemas que acumula.

A administração do prefeito Fernando Haddad busca novas formas de resolvê-los. Logo no início de seu mandato, em 2013, convocou a sociedade a participar da gestão. Temas como mobilidade, ocupação urbana, lixo, saúde, educação e segurança são tratados pelo Conselho da Cidade de São Paulo que reúne representantes dos movimentos sindical e populares, indústria, comércio, instituições financeiras, além de estudiosos, esportistas, artistas, religiosos, acadêmicos, economistas e empresários.

A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, faz parte do Conselho. “E reputo nossa participação como muito importante”, destaca a dirigente. “A relação dos trabalhadores com a cidade, seus problemas, anseios, seu ponto de vista sobre o lugar onde moram e trabalham devem ser levados em conta pela administração municipal.”

Dois exemplos marcam essa mudança de perfil na administração municipal. O problema da mobilidade urbana, um dos maiores nós no município e apontado em pesquisa do Sindicato como prioritário pelos bancários, pas sou a ser pensado do ponto de vista do transporte público.

Desde o início do governo, 303 quilômetros de novas vias exclusivas para ônibus foram implantados. De acordo com a prefeitura, essa medida, somada ao bilhete único mensal que possibilita viagens ilimitadas aos cidadãos, resultaram em 6 milhões de novos passageiros nos ônibus, somando 2,9 bilhões de pessoas em 2013. No ano anterior, esse número havia caído em 24 milhões.

“São Paulo precisa abandonar a lógica do transporte individual, precisa investir em linhas de metrô. Somos uma das maiores cidades do mundo, com um dos mais incipientes serviços em transporte sobre trilhos. Essa tarefa é do governo do estado e cobramos melhorias. Enquanto isso não acontece, a implantação dos corredores de ônibus tem sido crucial para a mobilidade na capital”, aponta Juvandia.

Cracolândia – O programa De Braços Abertos, lançado nesse mês de janeiro para lidar com os dependentes de crack que vivem pelas ruas do Centro, distinguiuo início de um processo que prevê uma nova forma de atuar diante de uma das tragédias urbanas que assolam São Paulo.

Cerca de 300 pessoas que viviam em 147 barracos na região foram encaminhadas para hotéis. Elas também ganharam trabalho e devem participar de cursos de requalificação profissional e tratamento de saúde. “Nós queremos que as ruas, logradouros e praças estejam desimpedidos para usufruto de todo cidadão. Qualquer pessoa tem o direito de poder circular com segurança também pelo centro de São Paulo”, afirmou o prefeito Fernando Haddad, em visita ao local, na quinta-feira 16.

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Cláudia Motta – 24/1/2014
 

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