São Paulo – O número de mortes de homossexuais no Brasil causadas pela homofobia aumentou 4,1% no ano passado, segundo levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia (GGB). Foram 326 mortes contra 313 registradas pela organização em 2013.
Do total, 163 eram gays, 134 travestis, 14 lésbicas, 3 bissexuais e 7 amantes de travestis (T-lovers). Também foram contabilizados pelo grupo cinco heterossexuais confundidos ou por estarem em circunstâncias ou espaços homoeróticos.
O GGB afirma também, creditando informações de agência internacionais, que o Brasil continua sendo o campeão mundial de crimes motivados pela homofobia ou transfobia, com 50% dos casos.
Sobre a classificação dos crimes como homofóbicos, o professor, antropólogo e decano do movimento LGBT Luiz Mott é categórico: “Sim! 99% destes homicídios contra LGBT têm como agravante seja a homofobia individual, quando o assassino tem mal resolvida sua própria sexualidade e quer lavar com o sangue seu desejo reprimido, seja a homofobia cultural, que pratica bullying contra lésbicas e gays, expulsando travestis para as margens da sociedade onde a violência é endêmica, seja a homofobia institucional, quando o governo não garante a segurança dos espaços frequentados pela comunidade LGBT”.
Marcelo Cerqueira, presidente do GGB, acrescenta: “quando o movimento negro, os índios ou as feministas divulgam suas estatísticas letais, não se questiona se o motivo de todas as mortes foi racismo ou machismo. Porque exigir só do movimento LGBT atestado de homofobia nestes crimes hediondos?”.
30 anos – O Grupo Gay da Bahia existe desde 1980 e integra a associação internacional de lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersex (ILGA, em inglês), a National Latino/a Lesbian and Gay Organization (LLEGÓ) e a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis (ABGLT). Também a Comissão Nacional de Aids, do Ministério da Saúde do Brasil, do comitê da Comissão Internacional de Direitos Humanos de Gays e Lésbicas (IGLHRC).
Redação – 15/1/2015
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Balanço do Grupo Gay da Bahia fala em 326 casos no Brasil, contra 313 registrados no ano passado
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