São Paulo - Prazer. Talvez você já me conheça há tempos ou então acabamos de nos cruzar. Pode ser que a gente tenha se esbarrado, você até se encantou por mim, mas não se lembra como eu realmente sou. Não te culpo. Tem dias que não sou das mais fáceis de conviver. Tem dias que sou estressante, que nada anda, que pareço ser a mais dura de todas.
Mas, como meu aniversário está chegando, deixe-me lembrar da minha essência, de como seus olhos me viram quando nos apaixonamos. Você, um forasteiro em busca de tudo que a vida pode oferecer. Eu, uma jovem senhora de braços abertos para as pessoas.
Faz algum tempo, mas sei que se lembra das nossas tardes de domingo, assistindo aos jogos no Pacaembu. Ou de quando costumávamos caminhar no Ibirapuera, tomar uma água de coco, finalizando com uma visita ao MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo).
Também tenho saudade dos nossos passeios pelo Centro, admirando a arquitetura como se ela fosse uma máquina do tempo, dando um rolê na Galeria do Rock ou nas compras apressadas da Rua 25 de Março. E nossas noites, todas tão divertidas e agitadas. Ah, se a Rua Augusta pudesse falar...
Hoje, como todos, eu mudei um pouquinho. Mas, com toda modéstia, acho que foi para melhor. Nos últimos tempos, me apaixonei por bicicletas. Quem diria? Logo eu, que tantos acreditavam que só se movia de carro. E como tem gente que ama andar de bike! Você não acreditaria nos milhares de novos amigos que fiz.
Além disso, descobri que amo perdidamente as pessoas, em todos os lugares, conversando, rindo, dançando... Aprendi que qualquer lugar fica mais legal quando está ocupado, repleto de gente. Posso parecer boba, mas entendi que gosto mais de pessoas que carros. Nossa! Como isso me deixou mais leve!
Meu, pode não parecer, mas na segunda-feira 25 faço 462 anos. Se você quiser me visitar, curtir um chopps e dois pastel, te espero como no primeiro dia: de braços abertos.
Com todo o meu amor, da sua sempre amiga, cidade de São Paulo.
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