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Chapéu
coronavírus

Gestões do PSDB cortam recursos da saúde em plena pandemia 

Linha fina
Prefeitura de São Paulo demitiu mais de 70 trabalhadores de hospitais municipais e governo do Estado reduz orçamento de unidade do interior, que irá resultar em mais dispensas, além afetar os números de exames, cirurgias e consultas 
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Foto: Sindsep-SP

O Estado de São Paulo atingiu nesta terça-feira 12 a marca de 1,561 milhão de casos de covid-19, com 48.662 mortes. Somente a cidade de São Paulo já tem 511.505 casos confirmados da doença e 16.635 mortes em decorrência do coronavírus.  

Mesmo com os números alarmantes e em meio a uma alta dos casos, a prefeitura de São Paulo demitiu 70 funcionários no Hospital Municipal do Campo Limpo, na zona sul da capital. Dentre os que perderam o emprego, 27 trabalhavam no pronto-socorro.  

O Sindsep-SP também afirma que demissões de trabalhadores sob o regime de contrato emergencial aconteceram em outros três hospitais da capital: o Hospital Municipal do Jabaquara, o Hospital Municipal do Tatuapé e o Hospital Municipal da Mooca. 
Segundo o vice-presidente da CUT São Paulo, Luiz Claudio Marcolino, grande parte dos funcionários demitidos estavam sob contratos de emergência irregulares, e muitos trabalhavam no hospital há mais de 10 anos, com o contrato vencido. 

“Neste momento em que a cidade de São Paulo vive uma nova onda de contaminações em decorrência do coronavírus, e que já registra mais de 16 mil mortes pela covid-19, a prefeitura deveria fazer concurso público para ampliar o número de trabalhadores, e não de dispensa-los”, afirma Marcolino. 

No mesmo sentido de desmonte dos serviços de saúde em plena pandemia adotado pela prefeitura de São Paulo, o governo de João Dória, também do PSDB, promoveu um corte de 6,5% no orçamento de 2021 do Hospital Estadual de Sumaré, na região de Campinas. 

A redução no orçamento irá resultar em quase 100 demissões, suspensões de pelo menos sete mil exames, 17 mil consultas e 4,5 mil cirurgias ambulatoriais, além dos fechamentos do serviço de oftalmologia, da enfermaria e urgência referenciada de pediatria. As informações são da Diretoria Executiva da área da saúde da Unicamp e as medidas começaram a ocorrer na última quinta-feira 7. 

“No momento em que a pandemia está ganhando força, resultando em cada vez mais contaminações e causando mais mortes, sobretudo nos bairros da periferia, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, demite trabalhadores da saúde, quando sequer os hospitais de campanha montados no início de 2020 estão mais operando. E o governador do Estado, João Dória, atua no mesmo sentido ao cortar orçamento de um hospital da segunda região metropolitana mais populosa do Estado”, protesta Luiz Claudio Marcolino. 

“Não é por acaso que a cidade de São Paulo registra o terceiro maior número absoluto de mortes em decorrência do novo coronavírus em todo o mundo, e o Estado de São Paulo possui mais óbitos pela doença do que toda a China, um país com mais de um bilhão de habitantes. Estes números alarmantes e vergonhosos são reflexos diretos do sucateamento da saúde pública, uma marca característica dos governos tucanos que dominam a política do Estado de São Paulo há mais de 30 anos”, afirma o vice-presidente da CUT SP.  

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