São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, empurrou para a população a responsabilidade sobre um eventual racionamento de água no estado. “Se tivermos uma boa colaboração da população e uso racional da água, espero que não [haja problemas]”, disse, na terça 18.
Ele também evitou fazer previsões sobre a possibilidade ou não de racionamento em um futuro próximo. “Hoje, está totalmente descartada essa questão”, ressaltou.
Há onze anos o governador foi alertado sobre a necessidade de obras no sistema Cantareira, que alcançou o menor nível histórico em fevereiro, com apenas 18,8% da capacidade total.
Segundo o presidente do Conselho Mundial da Água e professor de Engenharia Civil e Ambiental da Escola Politécnica (Poli) da USP, Benedito Braga, em 2003 já se previa a necessidade de obras para garantir segurança hídrica na região metropolitana de São Paulo, mas a infraestrutura não acompanhou o crescimento da demanda.
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Campanha - O Sistema Cantareira é o maior da região metropolitana de São Paulo e abastece as regiões norte e central e parte das zonas leste e oeste da capital, além dos municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba e São Caetano do Sul, mais parte dos municípios de Guarulhos, Barueri, Taboão da Serra e Santo André.
Para reduzir os impactos da estiagem, a Sabesp lançou uma campanha oferecendo desconto de 30% no valor da conta dos usuários que economizarem 20% no consumo, em relação ao gasto médio dos últimos 12 meses.
Segundo a Sabesp, na primeira semana em que o desconto passou a valer, entre os dias 2 e 9 de fevereiro, 302 milhões de litros de água foram poupados no Sistema Cantareira – volume suficiente para abastecer 120 piscinas olímpicas.
Redação, com informações Agência Brasil - 19/2/2014
Linha fina
Com investimentos em infraestrutura abaixo do necessário, governador aposta em campanhas para que abastecimento não seja interrompido
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