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Brasil comemora direito ao voto feminino

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Foi em 24 de fevereiro de 1932 que as mulheres passaram a poder escolher democraticamente seus governantes; direito foi universalizado dois anos depois e passou a ser obrigatório na década de 60
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São Paulo - O país comemora nesta quarta-feira 24 O Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil. Foi nesta data, em 1932, durante o governo Vargas, que as mulheres passaram a poder escolher democraticamente seus governantes.

O voto feminino no Brasil foi assegurado após intensa campanha nacional. No início, o direito era reservado somente às mulheres casadas, autorizadas pelos maridos a exercer o voto, e às viúvas e solteiras cuja renda era oriunda de seus próprios esforços. Apenas em 1934 estas limitações caíram por terra. Até 1964, era apenas um direito e, a partir daquele ano, passou também a ser obrigatório, como há muito tempo já era para os eleitores homens.

A luta das sufragistas brasileiras começou bem antes, ainda no final do século XIX. Em 1891, a discussão sobre o tema havia chegado ao Congresso, mas foi rechaçada pela maioria dos deputados sob a alegação da inferioridade da mulher e que este direito poria em risco a preservação da família brasileira.

No estado do Rio Grande do Norte, Celina Guimarães Viana, 29 anos, foi a primeira mulher a votar. Ela cadastrou-se num cartório da cidade de Mossoró, numa lista de interessados em tornar-se eleitores naquele ano. A Comissão de Poderes do Senado anulou o voto de Celina. Longe dali, em Minas Gerais, Mietta Santiago, estudante de Direito, também conquistou o direito através de um mandado judicial de segurança, embasado no artigo 70, da Constituição Brasileira de 1891.

O Brasil foi o segundo da América Latina a conquistar o direito, ficando atrás apenas do Equador. Hoje mais de 52% de eleitores são do sexo feminino. Além das mulheres votarem, elas iniciaram também sua entrada no mundo da política, candidatando-se a cargos eletivos.

A data foi incorporada ao Calendário Oficial do Governo Federal em 2015, em lei sancionada pela presidenta Dilma Rousseff.

Na tela - A luta das mulheres pelo direito ao voto é tema do filme As Sufragistas (Suffragette). O longa se passa no início do século passado, no Reino Unido.

Na história, após décadas de manifestações pacíficas sem sucesso, um grupo militante decide coordenar atos de insubordinação, quebrando vidraças e explodindo caixas de correio, para chamar a atenção dos políticos locais à causa.

> Vídeo: assista ao trailer oficial

A direção é de Sarah Gavron e, no elenco, estão Carey Mulligan, Helena Bonham Carter, Meryl Streep, Brendan Gleeson, Anne-Marie Duff, Ben Whishaw, Romola Garai e Samuel West, dentre outros.


Redação, com informações da Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal e da Assessoria da deputada Luiz Erundina - 24/2/2016

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