Foi mais de um ano de luta, de negociações e de protestos, mas a pressão do Sindicato valeu a pena: o refeitório do Itaú BBA foi finalmente ampliado, atendendo assim uma antiga reivindicação dos trabalhadores do centro administrativo.
Situado na Avenida das Nações Unidas, em Pinheiros, zona oeste da capital, o Itaú BBA abriga cerca de 2.300 trabalhadores, dos quais aproximadamente 2 mil são funcionários diretos e 300 são terceirizados. Apesar disso, o refeitório do prédio foi inaugurado, em 2017, com apenas 28 lugares e quatro micro-ondas industriais (que comportam cerca de 5 marmitas de uma única vez). E como se não bastasse, o refeitório dos terceirizados ficava no subsolo, em uma área escura e sem ventilação.
O diretor do Sindicato e bancário do Itaú Amauri Silva conta que a inauguração já foi consequência da cobrança do Sindicato, mas não atendeu às expectativas, uma vez que não comportava a demanda na hora do almoço e nem abrigava os terceirizados. “Nós continuamos a cobrar, protestar, reivindicar e negociar em reuniões, até que finalmente fomos atendidos. Isso mostra que a luta dos trabalhadores junto ao Sindicato rende frutos”, diz o dirigente.
> Sindicalize-se e fortaleça a luta em defesa dos direitos dos bancários
Amauri destaca ainda que um refeitório era extremamente importante para os trabalhadores, já que os restaurantes da região são muito caros e a localização do prédio, em uma avenida com pouco movimento de pessoas ou estabelecimentos comerciais, torna a caminhada perigosa mesmo na hora do almoço. “Há diversos casos de assaltos e furtos por volta do meio-dia porque há muitos trechos ermos na Avenida das Nações Unidas”, explica.
O novo refeitório agora conta com 50 lugares, mesas amplas e oito micro-ondas industriais, e também está sendo utilizado pelos terceirizados.
“Foi uma conquista muito importante e os trabalhadores estão satisfeitos, mas é necessário lembrar que a luta é diária e que temos muito a conquistar e a cobrar do banco para melhorar as condições de trabalho dos funcionários, que dedicam boa parte de suas vidas para construir o lucro astronômico do Itaú. E para isso, os bancários precisam estar mobilizados e organizados em seu sindicato, fortalecendo a entidade”, ressalta Amauri.