O Sindicato vem realizando consulta aos bancários em vários locais de trabalho sobre como a categoria pretende se mobilizar para barrar a reforma da Previdência. No Santander, entretanto, houve tentativas de coibir o diálogo entre os dirigentes e a categoria.
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Na manhã de sexta-feira 8, diretores do Sindicato foram surpreendidos no prédio Radar, antigo Casa 1, com a impossibilidade de entrar no local. A entrada só foi liberada horas mais tarde, após negociação com o RH do Santander, porém apenas com o crachá de visitante.
“É direito dos trabalhadores ter acesso a informações sobre o que está em risco com a reforma da Previdência, e isto tá inclusive garantido em nossa CCT. Ou seja, o bloqueio configura clara prática antisindical, descumprimento de acordo coletivo, além de ser um total desrespeito com os trabalhadores. Vale lembrar que em outros bancos isso não aconteceu”, afirmou a dirigente sindical Silmara da Silva. “O presidente do banco se aposentou pelo INSS recentemente e já veio a público defender a reforma da Previdência. Ou seja, enquanto a aposentadoria dele já está assegurada, ele defende alterações nos direitos dos outros”, criticou.
Recorrente
A prática de dificultar o acesso do Sindicato aos bancários do Santander é recorrente. O mesmo já vinha ocorrendo no prédio Bráulio Gomes, o que dificultou a mobilização desta sexta-feira. A situação também ocorre há tempos no prédio Geração Digital. Neste caso, alegando que no local há áreas restritas, o banco impede a visita dos dirigentes.
“Isso é inaceitável! Onde houver trabalhador, é seu direito ter uma visita de seu representante”, criticou Silmara. “Se há bloqueios é porque tem algo para esconder. Há assédio moral e inúmeras outras irregularidades que os dirigentes denunciam em suas visitas, além de levar informações aos trabalhadores. Então é importante questionar: de que o Santander tem tanto medo?”, questiona.
A consulta aos bancários sobre a mobilização para barrar a reforma da Previdência vai até o dia 12 de fevereiro.