Em mesa de negociação, nesta quarta-feira 19, a Fenaban (federação dos bancos) acatou uma importante reivindicação do Comando Nacional dos Bancários: a criação de um canal de atendimento a bancárias vítimas de violência. A reivindicação já havia sido apresentada aos bancos em março de 2019. Agora, a Fenaban irá construir uma proposta e enviar ao Comando já na próxima semana, para dar início às discussões para a construção deste canal, que tem data indicativa de lançamento no dia 11 de março, mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher.
Na reunião desta quarta, a Fenaban também apresentou dados preliminares do Censo da Diversidade Bancária, que será divulgado por completo também em março.
“Os bancos apresentaram os primeiros resultados do Censo da Diversidade, que é uma conquista da categoria da mesa de igualdade de oportunidades. E devem finalizar os dados no fim do mês de março. Reivindicamos salários e oportunidades iguais para todos. Nossa luta também é pelo atendimento, em cada instituição, das bancárias vítimas de violência. E hoje (quarta) tivemos um importante avanço neste sentido", diz a presidenta do Sindicato, Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
Ivone lembra que o Sindicato é pioneiro no atendimento jurídico a mulheres vítimas de violência, tendo lançado em 2019 este serviço. “Acreditamos que esse serviço é de extrema importância e deve ser ampliado. Os bancos já responderam positivamente a nossa proposta de ter um canal de denúncia e atendimento a essas bancárias, vamos acertar os detalhes para assinar no mês de março, em uma próxima negociação”, acrescentou Ivone.
> Sindicato lançou atendimento jurídico a vítimas de violência em 2019
Censo da Diversidade
Os dados preliminares do 3º Censo da Diversidade Bancária mostraram que a desigualdade persiste. “Ainda não temos acesso aos dados completos. Mas sabemos que a desigualdade entre homens e mulheres nos bancos persiste, com diferenças de salários e poucas mulheres ocupando cargos de alto escalão. As negras e negros ainda são minoria também. Mas essas questões serão discutidas na mesa com a Fenaban com mais profundidade quando tivermos os dados completos do Censo”, informa Ivone.