O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região marcou presença no protesto desta sexta-feira 14, organizado pelas centrais sindicais em defesa do INSS e contra o sucateamento do atendimento à população. Manifestações ocorreram em todo o país. Em São Paulo, trabalhadores de diferentes categorias se reuniram em frente à agência do INSS na Rua Cel. Xavier Toledo e partiram em passeata até a Superintendência do órgão, no Viaduto Santa Ifigênia.
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“Estamos hoje em uma atividade nacional contra a gestão do governo no INSS, em que a precarização do atendimento à população brasileira vem se agravando. Hoje são mais de 3 milhões de pessoas que dependem desses benefícios, que muitas vezes não chegam para esses trabalhadores. Aposentadoria, auxílio-doença, enfim, não é uma gestão de Estado, mas de governo. O Estado tem a responsabilidade de dar seguridade social a todo trabalhador e trabalhadora”, explicou Carlos Damarindo, secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato.
Damarindo lembra que o direito à aposentadoria e à assistência social estão previstos na Constituição. Além disso, ressalta que o indeferimento de concessão de benefícios previdenciários tem causado verdadeiros desastres em famílias brasileiras.
“Esse ato é uma forma de protestar e chamar a população para defender o INSS, que é do povo brasileiro, é do Estado. E é um direito constitucional a seguridade social para o povo, o direito à aposentadoria, o direito a perícias dignas. Hoje os peritos estão tratando com desdém os trabalhadores, estão doentes, não têm condição de voltar ao trabalho e acabam tendo seus benefícios indeferidos. Essas famílias acabam ficando desamparadas por essa gestão que hoje está dentro do INSS”, completou Damarindo.
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Em entrevista à Rede Brasil Atual, o presidente da CUT, Sérgio Nobre, destacou a unidade entre as centrais em defesa do serviço público e afirmou que as filas do INSS traduzem um projeto de governo.
“Não é má gestão. É porque eles defendem a ideia de que os serviços públicos precisam ser desmontados para colocar serviços privados no lugar. Agora, o governo prepara uma reforma administrativa que, na verdade, é para demitir servidores e acabar com os concursos. Daqui a pouco o colapso que a gente está vendo no INSS vai chegar no sistema de saúde, na educação”, afirmou.