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Bancários do Banco do Brasil fazem nova paralisação contra reestruturação 

Linha fina
Trabalhadores decidiram em assembleias por todo o país pela deflagração de estado de greve contra o processo que prevê fechamento de centenas de unidades, desligamento de milhares de trabalhadores, descomissionamento de funções e a extinção do cargo de caixa
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Foto: Seeb-SP

Bancários do Banco do Brasil voltaram a fazer uma paralisação de 24 horas nesta quarta-feira 10 contra a reestruturação anunciada em janeiro pela direção do banco, que pretende demitir 5 mil bancários por PDV, fechar 361 unidades – sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento –, e descomissionar centenas de funções. 

Dúvidas sobre a reestruturação no BB? A gente responde

A restruturação já resultou na perda do direito à gratificação de caixa permanente para os caixas executivos, o que configura em redução salarial com reflexos nas férias e PLR, além do desânimo e da perda do "orgulho de pertencer" à empresa.

“Os bancários do Banco do Brasil exigem negociação com a direção do banco e transparência no processo”, afirma a dirigente sindical e bancária do Banco do Brasil Adriana Ferreira. 

A atividade em âmbito nacional desta quarta-feira 10 foi decidida em assembleias por todo o país. Na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região – que engloba a capital paulista e outros 15 municípios da sua região metropolitana –, 87% dos trabalhadores que participaram da assembleia decidiram pela paralisação e pela instauração de estado de greve.  

A paralisação desta quarta-feira contou com grande mobilização dos funcionários e dos sindicatos no resto do país. O protesto também ganhou destaque no Twitter, com a utilização das hashtags #MeuBBValeMais e #BBParado em protesto à reestruturação.

Os  bancários do Banco do Brasil já realizaram atos nacionais no dia 15 e no dia 21 de janeiro. Em 29 de janeiro, foi realizada uma paralisação de 24 horas. Também houve mobilizações nas redes todos estes dias.

“A direção do Banco do Brasil anuncia estas medidas que irão gerar mais desemprego, porque, além da demissão dos bancários, vamos observar um efeito escala muito grande nas demissões, já que cada agência possui vigilantes e pessoal da limpeza. E esta reestruturação, além de reduzir a função social do banco público, irá aumentar ainda mais o desemprego, justamente neste momento em que a pandemia e a inação do governo federal mantêm 14 milhões de pessoas sem trabalho”, afirma Adriana.

“Por todas estas razões, a luta contra a reestruturação e em defesa do Banco do Brasil deve envolver toda a sociedade, que será a maior prejudicada caso o desmonte das empresas públicas continue”, alerta Adriana.   

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