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Brasil tem alto desempenho no crescimento humano

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País no Pnud destaca-se por universalização do bem-estar social e redução das desigualdades e pobreza
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São Paulo - O Brasil está entre os 15 países que mais conseguiram reduzir o déficit no IDH entre 1990 e 2012, trajetória que o coloca no grupo de “alto desempenho” em desenvolvimento humano. As conclusões são do “Relatório de Desenvolvimento Humano 2013 – Ascensão do Sul: progresso humano num mundo diversificado”, lançado na quinta 14 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

A classificação de “alto desempenho” foi dada aos países que, além de experimentar aumento do rendimento nacional, registram valores superiores à média nos indicadores de saúde e educação; reduziram hiato necessário para alcançar o teto do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) igual a 1; e tiveram desempenho melhor em relação a países que se encontravam em patamares semelhantes em 1990.

A estratégia de política estrutural de longo prazo adotada pelo Brasil, com a universalização do bem-estar social, foco na redução das desigualdades e redução da pobreza, coloca o país em posição de destaque.

“A promoção da coesão e da integração sociais, um objetivo declarado nas estratégias de desenvolvimento de países como o Brasil, tem por base o manifesto impacto positivo que uma sociedade unificada tem sobre o desenvolvimento. As sociedades mais igualitárias tendem a produzir melhores resultados na maioria dos parâmetros relativos ao desenvolvimento humano”, diz o relatório.

Políticas Sociais - Dentre os três pontos que impulsionaram o resultado, o relatório cita como um dos três principais a implementação de políticas sociais inovadoras e criativas, customizadas para as realidades nacionais.

“Programas de transferência condicionada de renda e de garantia de emprego rural são exemplos de um vivo interesse na promoção de uma distribuição mais equitativa das oportunidades econômicas e sociais”, diz o relatório. “A ênfase comum destas iniciativas sociais tem sido a promoção da equidade e da integração social, aspectos menos valorizados nos modelos de desenvolvimento do passado, mas que provam ser elementos essenciais de qualquer percurso sustentável rumo ao progresso humano”, acrescenta.

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Os outros dois pontos são estado desenvolvimentista, proativo e orientado para o investimento nas capacidades das pessoas, alargando os serviços sociais de base; e integração a mercados globais.

IDH - O IDH do Brasil para 2012 é de 0,730, mantendo o país no grupo dos países de Desenvolvimento Humano Alto, na 85ª colocação dentre 187 países e territórios classificados. É a mesma posição de 2011, à frente de outros emergentes como China (101ª), África do Sul (121ª) e e Índia (136ª).

> Leia a íntegra do Relatório de Desenvolvimento Humano 2013

O Relatório aponta que o país cresceu num  ritmo mais rápido e com mais qualidade do que muitos dos vizinhos latinoamericanos, por equilibrar crescimento nas três dimensões do desenvolvimento humano.

Entre 1990 e 2012, o saiu de 0,590 para 0,730, aumento de 24%, taxa de crescimento maior que a de Chile (40ª posição), Argentina (45ª) e México (61ª), por exemplo.

Em 1990, Argentina e Chile tinham o dobro da média de anos de estudo da população adulta do Brasil. Um adulto brasileiro tinha, em média, menos de 4 anos de estudos, enquanto um adulto argentino já alcançava 8 anos. O mesmo exemplo vale para a saúde. Em 1990, o Chile já tinha a expectativa de vida que o Brasil registra hoje.


Pnud, com edição da Redação - 14/3/2013

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