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Conselho irá discutir e propor melhorias para SP

Linha fina
Presidenta Juvandia Moreira integra grupo criado para debater mobilidade, ocupação urbana, lixo, saúde, educação e segurança
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São Paulo -  Mobilidade, ocupação urbana, lixo, saúde, educação e segurança são alguns dos temas que serão tratados pelo Conselho da Cidade de São Paulo, lançado na manhã desta terçã 26 durante solenidade na Prefeitura de São Paulo.

O Conselho, formado por iniciativa da atual gestão de Fernando Haddad (PT), reúne representantes dos movimentos sindical e populares, da sociedade civil organizada, indústria, do comércio e de instituições financeiras, além de estudiosos, esportistas, artistas, religiosos, acadêmicos, economistas e empresários.

“Nossa proposta é ouvir todos os segmentos para transformar a cidade um lugar melhor para se viver. Isso independentemente de qual prefeito esteja à frente. Assim, estamos abertos a ouvir críticas e sugestões daqueles que vivem e trabalham na capital para encontrarmos juntos soluções para os problemas”, destacou o prefeito na abertura da reunião, acrescentando que as subprefeituras também criarão conselhos para discutir as questões específicas de cada região da cidade.

A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira (foto abaixo, de branco), convidada a integrar o Conselho representando os trabalhadores das instituições financeiras, aprova a medida. “Se todos os segmentos se apropriarem desse debate para resolver problemas como a mobilidade urbana, o cidadão estará participando de fato da gestão do município. Um trabalho de longo prazo que pode se refletir em avanços significativos para essa e as futuras gerações de moradores.”

> População é parte da solução, diz Haddad
> Prefeitura propõe conselho social nas subprefeituras

A preocupação com a cidade de São Paulo sempre esteve no foco do Sindicato e, no planejamento da gestão 2011-2014, o tema foi debatido tendo como base uma pesquisa feita com a categoria. Dela também saiu a série de reportagens Sindicato Cidadão que fez um raio-X da capital paulista em 2012.

> Planejamento debate mobilidade dos trabalhadores
> Todas as matérias publicadas da série Sindicato Cidadão

Também integrante do Conselho, o presidente da CUT, Vagner Freitas (foto ao lado, à esquerda), destaca que as políticas públicas interessam diretamente aos trabalhadores. “Todas as questões que envolvem a melhoria de nossa cidade diz respeito ao assalariado. É ele que mais utiliza o transporte coletivo, tem os filhos em escolas públicas, creches, entre outros serviços que são de responsabilidade do município. Consequentemente a classe trabalhadora tem muito a contribuir nessas discussões.”

Para o coordenador da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, um dos grandes gargalos da cidade é a desiqualdade social. “A diferença de renda, moradia é grande entre a população e precisa ser enfrentada”. Em sua intervenção, propôs que fosse feita radiografia da desiqualdade na cidade. “Temos de criar um observatório de São Paulo aberto a todas as pessoas, inclusive de outras localidades, para que na medida que as diferenças sociais fossem diminuídas pudessem ser percebidas. Saber quais áreas precisam de uma interferência maior é essencial para que nossa atuação seja mais eficaz.”

Plano de metas – Para embasar o início dos debates da primeira reunião do Conselho, o qual se reunirá a cada quatro meses, foi apresentado o plano de metas da Prefeitura, reunindo cem medidas a serem adotadas de forma prioritária no decorrer dos próximos quatro anos.

No que se refere à mobilidade urbana, por exemplo, foi destacada a ampliação do bilhete único – que passaria a ser diário, semanal e mensal -, construção de mais 150 quilômetros de corredores de ônibus, combinado ao aumento da velocidade média dos veículos dos atuais 14km/h para 25km/h, além de 400 quilômetros de ciclovia. Todo o programa está disponibilizado para a população no site da Prefeitura.

> Leia a íntegra do programa

De acordo com Fernando Haddad, a implementação dessas metas preveem gastos na ordem de R$ 23 bilhões em quatro anos.”Esses recursos virão da revisão de contratos que temos feito, do corte de gastos e de parcerias com a iniciativa privada e governos federal e estadual. Na questão da habitação, por exemplo, queremos que seja utilizado mais o Minha Casa Minha Vida, modelo diferente e mais eficaz que o do CDHU, por exemplo”.

O programa de metas, integrante do Plano Diretor da Cidade, será apreciado em audiências públicas a serem realizadas no prazo de 90 dias.


Jair Rosa - 26/3/2013

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