São Paulo – O desperdício de água tratada em São Paulo chegou a 32% em fevereiro, segundo dados da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Em 2012, o governo japonês investiu US$ 440 milhões (mais de R$ 1 bilhão) na empresa paulista para que realizasse projetos de redução de perda de água em vazamentos e ligações clandestinas. A corporação deveria reduzir as perdas de 25,6% para 15% até 2019, mas, em vez disso, piorou o quadro.
A Rede Nossa São Paulo encaminhou uma carta à Sabesp, no início do mês, questionando o andamento do programa de combate às perdas, mas ainda não obteve resposta. De acordo com o coordenador-executivo da organização, Maurício Broinizi, a perda de água ocorre por “falta de manutenção e monitoramento adequado” no sistema da companhia. “Nós temos exemplos tanto de países que têm o carimbo do desenvolvimento quanto de países emergentes que apresentam médias de perdas muito menores que a do Brasil. Em Chicago, nos Estados Unidos, a perda está em torno de 2%. Em Mumbai, na Índia, perde-se 12,5%”, afirma.
Desde segunda-feira 10 a Sabesp reduziu em 10% a captação do Sistema Cantareira, que operava com 15,8% de sua capacidade. A medida foi recomendada pela Agência Nacional de Águas (ANA). A companhia afirma que não faltará água porque a distribuição hídrica é interligada com os sistemas Guarapiranga e Alto Tietê.
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Rede Brasil Atual - 13/3/2014
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Índice supera dobro da meta para 2019, definida após investimento de US$ 440 milhões do governo japonês
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