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Sete presos por fraude da merenda em São Paulo

Linha fina
Presidente da Assembleia Legislativa estadual, Fernando Capez (PSDB) segue na mira da investigação
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São Paulo – A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo decretaram na manhã de terça 29 a prisão de sete pessoas acusadas de envolvimento nas fraudes das licitações da merenda escolar do estado. A prisão faz parte da segunda fase da Operação Alba Branca. A Polícia Civil também cumpriu 11 mandados de busca e apreensão. Entre os presos, está o ex-deputado estadual Leonel Júlio, que chegou a ser presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo na década de 1970. Ele é suspeito de fazer lobby para beneficiar o esquema criminoso.

Considerado um dos mentores do esquema, o filho de Leonel, Marcel Ferreira Júlio, é considerado foragido. Além de três prisões na capital paulista, foram cumpridos mandatos em Bebedouro e Severínia, no interior do estado.

Segundo as investigações, o esquema, que envolvia o pagamento de propina a agentes públicos, era liderado pela Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), que mantinha contratos para fornecimento de alimentos com diversas prefeituras. A empresa é acusada de fraudar a modalidade de compra "chamada pública", que pressupõe a aquisição de produtos de pequenos produtores agrícolas.

A empresa cadastrou cerca de mil pequenos produtores, mas comprava de apenas 30 ou 40 deles, e adquiria também de grandes produtores e na central de abastecimento do estado, informou o MP.

O presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez (PSDB), e o ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo estadual Luiz Roberto dos Santos, conhecido como Moita, estão entre os investigados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual de São Paulo. Em fevereiro, o desembargador Sérgio Rui da Fonseca, do Tribunal de Justiça de São Paulo, decretou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Capez.


Rede Brasil Atual - 29/3/2016
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