São Paulo– O mandato de Marielle Franco lançou um site para desconstruir as notícias falsas sobre a vereadora do Psol executada na última quarta-feira14, junto com Anderson Gomes, que dirigia o carro que foi atacado por atiradores.
Marielle tem sido vítima de uma série de acusações falsas sobre a sua história e sua atuação. Os boatos falsos dizem que seu mandato foi eleito pelo Comando Vermelho, que era usuária de maconha e engravidou de um chefe do tráfico.
Eleita vereadora com 46,5 mil votos, a quinta mais votada, Marielle teve a maior parte dos votos na Zona Norte, cerca de 47% do total, seguidos da Zona Sul (34%), Zona Oeste (18%) e Centro (1%). "Na região de Bonsucesso, que abarca os eleitores da Maré, Marielle teve 7% dos seus votos", explica o portal.
O site também desmente que Marielle "defendia bandido". "Franco nunca defendeu qualquer ato criminoso ou fora da lei. Mas lutamos para que nenhum assaltante ou infrator seja torturado, amarrado a postes e executado. Defender isso é defender a garantia da nossa Constituição", afirma o texto.
O site também permite que o internauta possa denunciar mentiras publicadas na internet, seja no Facebook, Instragram, Twitter ou WhatsApp.
Ato em São Paulo
Nesta terça-feira 20, será realizado um ato no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, às 17h, em memória da vereadora e ativista dos direitos humanos. A manifestação é convocada pela Frente Povo Sem Medo e o Psol-SP.
"Não podemos tolerar mais tanta violência. O assassinato de Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, têm todos os indícios de uma execução, de um crime político. A intervenção militar aprofunda a violência e está sendo usado pelo governo golpista (...) É hora de reunir nossas forças e de enfrentar o fascismo!", diz a convocação.