A mobilização dos empregados em defesa da Caixa 100% Pública, dos direitos dos trabalhadores e contra o desmonte e fatiamento do banco público surtiu efeito - principalmente após a grande mobilização ocorrida no Dia Nacional de Luta, realizado em 15 de março – e fez com que o presidente Pedro Guimarães convocasse audiência com a representação dos empregados, agendada para terça-feira 26.
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“O fato de o presidente Pedro Guimarães ceder ao finalmente aceitar se reunir com os trabalhadores mostra a força da nossa mobilização e a importância da participação cada vez maior de todos nos protestos”, avalia o diretor do Sindicato e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Dionísio Reis.
Entre outros pontos, os principais temas a serem questionados pelos empregados na audiência são:
- Reestruturação do banco: contratação de empregados, preservação das funções e não fechamento de unidades.
- Cobrança pela valorização da mesa de negociação, dos acordos e direitos históricos dos empregados.
- Esclarecimentos sobre o que é verídico em relação às informações divulgadas na imprensa sobre suposta manipulação do balanço através de provisionamento bilionário, reduzindo a lucratividade e a esperada PLR dos empregados.
Dionísio lembra que, nos termos da cláusula 48, parágrafo segundo, do ACT 2018/202, a Caixa se comprometeu a discutir quaisquer “impactos na vida funcional dos empregados, decorrentes da implantação de novos processos de trabalho pela empresa”. “Qualquer mudança a ser implementada deve resguardar os direitos dos empregados, bem como a saúde física e mental”, enfatiza.
Protesto
No mesmo dia da audiência com o presidente do banco, os empregados da Caixa farão nova mobilização contra o fatiamento da instituição, mais especificamente contra o leilão da Lotex, remarcado para o dia 26 de abril, quando os trabalhadores farão um grande ato contra a entrega desse patrimônio da população brasileira para a iniciativa privada.
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Na atividade de terça-feira, 26 de março, os empregados vestirão preto, serão realizadas reuniões nos locais de trabalho e, nas redes sociais, postarão fotos e outras informações com a hashtag #ACaixaédoBrasil.
“É fundamental que no período que antecede a data prevista para a entrega da Lotex ao capital privado, os empregados e a população se mobilizem contra este ataque contra a Caixa, seus trabalhadores e também à sociedade, que perderá um patrimônio importantíssimo”, conclama Dionísio.
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“Não podemos aceitar que recursos que hoje financiam cultura, educação, esporte e segurança sejam destinados para o lucro privado de empresas e acionistas. Não tem sentido privatizar a Lotex. Por isso, a resistência dos trabalhadores e da sociedade é fundamental para barrar essa ameaça. Vamos mostrar ao governo que não interessa a ninguém essa privatização”, conclui o diretor do Sindicato.