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Chapéu
Sem data para voltar

Sindicato critica demora do STF em concluir criminalização da homofobia

Linha fina
Ação foi suspensa há 30 dias. Comunidade LGBT entende como descaso da Corte ao lidar com vidas
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Foto: Agência Brasil

A comunidade LGBT aguarda, há 30 dias, uma resposta do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu, por tempo indeterminado, o julgamento sobre a criminalização da LGBTfobia e da transfobia. A última sessão ocorreu no dia 21 de fevereiro, e foi encerrada pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli, sem anunciar quando o tema voltará à pauta.

Várias entidades defendem a criminalização, apontando o crescente número de agressões à população LGBT e mortes, enquanto principalmente a bancada evangélica brada o argumento da liberdade religiosa.

O diretor do Sindicato e coordenador do coletivo LGBT, Anderson Pirota, critica o Congresso Nacional por não ter dado a devida atenção ao assunto e também o STF, que chamou a responsabilidade para si, porém não deu a resposta que a sociedade tanto espera.

“Falta bem pouco para que a discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero seja crime, e, por isso, chamamos a comunidade LGBT a continuar mobilizada e pressionando para que os casos de ódio sejam enquadrados na lei 7.716 como crime de racismo”, lembra o diretor, acrescentando que o STF somente colocou esse assunto na pauta por conta da permanente mobilização da comunidade LGBT organizada em partidos políticos progressistas, associações, sindicatos e nos centros acadêmicos.

Ódio nas urnas

O dirigente ainda lembra que, a cada dia, vários LGBTs têm sofrido violência ou foram assassinados. Pirota teme que os casos aumentem devido à posição política atual do país.

“O discurso de ódio foi vencedor nas urnas na última eleição e é assustador. Só temos notícias do aumento da violência contra a comunidade LGBT, inclusive por forças do Estado. O mês de janeiro foi o mais sangrento. Faltam apenas 2 votos para a aprovação da criminalização. Se for um placar de 6 a 5, já será uma vitória. Muitas vidas poderão ser salvas”, finaliza.

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