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Após 3 meses de negligência, Santander pagará direitos de demitidos da SCOR

Linha fina
Em conversa com RH do banco, representantes do Sindicato conseguiram o compromisso de que o pagamento será efetuado até o dia 13; para dirigente sindical, episódio é uma face da precarização das relações de trabalho
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Arte: Freepik

Em reunião entre representantes do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e o departamento de Recursos Humanos do Santander, foi firmado o compromisso de que o será efetuado o pagamento dos direitos relativos aos trabalhadores demitidos da terceirizada NeWorkBPO – SCOR que prestavam serviço para o banco. Em dezembro de 2019, cerca de 300 funcionários foram desligados e, até o momento, não receberam os valores correspondentes à rescisão e à multa do FGTS.

Durante a reunião, a superintendente de RH do Santander, Fabiana Ribeiro, garantiu que o pagamento será efetuado até o próximo dia 13. Os representantes dos trabalhadores entendem que o não pagamento configura prática ilegal, uma vez que o banco é corresponsável pelo cumprimento dos contratos das empresas que prestam serviços terceirizados.

“Esses trabalhadores deveriam ser bancários, assim estariam resguardados pela nossa CCT e teriam um Sindicato atuante para defender seus direitos. Estamos falando de 300 famílias que estão sem emprego e sequer receberam seus direitos, um total desrespeito e desumanidade com os envolvidos”, criticou a dirigente sindical Lucimara Malaquias, que também é bancária do Santander. “Esse é o retrato da terceirização: trabalho precário, direitos desrespeitados, fragmentação dos trabalhadores e consequente enfraquecimento da organização da categoria. O Sindicato tem intermediado o conflito com o banco desde fevereiro, cobrando que o Santander efetue o quanto antes a regularização desta situação ilegal. O banco tem total condição financeira, jurídica e sistêmica para regularizar isto rapidamente, mas tem protelado desde o início de fevereiro quando o sindicato o notificou. Vale lembrar que a SCOR tem histórico de não pagamento de verbas rescisórias, o que é ilegal”, completou.

O Sindicato continuará monitorando a situação e pede que os trabalhadores enviem informações através do canal de denúncias da entidade, Twitter ou Facebook.

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