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Chapéu
Coronavírus

Bancários exigem atendimento apenas de serviços essenciais nas agências

Linha fina
Em reunião com a Fenaban, na segunda 23, Sindicato deixou claro que a proteção da saúde de trabalhadores e clientes precisa ser prioridade e bancos devem ter responsabilidade social
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O Sindicato dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se reuniram por videoconferência, na manhã desta segunda-feira 23, para tratar sobre as atividades da categoria nos estabelecimentos bancários e as medidas a serem tomadas diante da pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19).

O Sindicato reivindica o contingenciamento da entrada de clientes e usuários nas agências bancárias e demais unidades, com o agendamento para casos de atendimento presencial e somente nos casos de extrema necessidade. Reivindica ainda a suspensão das metas e a manutenção do atendimento não presencial das atividades consideradas essenciais pelo decreto 10.282/2020 (que estabelece em seu artigo 3º § 1º inciso XX que são atividades essenciais no setor financeiro: “compensação bancária, redes de cartões de crédito e débito, caixas bancários eletrônicos e outros serviços não presenciais de instituições financeiras”).

"Vamos aguardar até terça-feira (24) uma resposta urgente da Fenaban. Temos a responsabilidade de não colocar trabalhadores e clientes em risco neste momento. Para isso, é preciso atender somente a população em caso de emergência, com agendamento para não lotar as agências", disse Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, e uma dos coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

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"Os bancos são concessão pública e precisam manter seu papel social. Em um momento trágico que estamos vivendo, os bancos não podem pensar em garantir seu lucro, com a manutenção de metas e demissões dos trabalhadores. As atividades consideradas essenciais das instituições financeiras são a compensação bancária, as redes de cartões de crédito e débito, os caixas bancários eletrônicos e outros serviços não presenciais. “Já que o governo não faz sua parte, nós precisamos fazer a nossa, para proteger a saúde dos trabalhadores, que estão se arriscando por toda a população”, completou.

Entre as reivindicações do Sindicato e Comando Nacional estão a suspensão das metas; redução da jornada para os que tiverem que ir ao local de trabalho; garantia de deslocamento seguro para os que tiverem que fazer o atendimento não presencial de alimentação e processamento do auto atendimento; suspensão das demissões; home office para todos os bancários e bancárias, com exceção de quem terá de ir às agências para dar suporte ao funcionamento dos caixas eletrônicos; e isenção de tarifas (clientes com renda até dois salários mínimos) de três transferências eletrônicas ao mês (TED E DOC) para diminuir a contaminação pelo uso de cédulas.

Ivone destacou ainda que, desde a primeira reunião com a Fenaban para tratar da pandemia, na segunda-feira 16, o Sindicato deixou claro que os esforços devem ser no sentido de garantir a segurança de todos os trabalhadores. E já houve avanços nesse sentido. “Resolvemos parte do problema dos trabalhadores do grupo de risco, já temos informações consistentes de que em algumas áreas 50% dos bancários já estão em home office. Também enviamos ofício ao Banco Central e o órgão acatou nossa solicitação e autorizou os bancos a realizarem contingencimento de entrada nas agências e horários diferenciados de funcionamento das agências. Agora nossa grande preocupação é com as agências, que precisam de equipamentos pois mexem com numerário e atendem diretamente os clientes”, acrescentou.

A Fenaban ficou de dar uma resposta ao Sindicato nesta terça-feira 24.

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