O Sindicato dos Bancários de São Paulo repudia veementemente a violência utilizada pela Polícia Militar do governo João Doria contra os servidores estaduais, na manhã desta terça-feira 3, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Os trabalhadores protestavam contra a reforma da previdência proposta pelo governo, que vai fazer com que os servidores contribuam mais (a alíquota aumentaria de 11% para 14%), trabalhem por mais tempo (a idade mínima para mulheres, que era 55, passa a ser 62 anos, e a dos homens, que era 60, passa a 65 anos), e recebam benefícios menores.
Durante o protesto, foram agredidos brutalmente pela Tropa de Choque, autorizada a tomar os corredores da Alesp pelo presidente da Casa, o também tucano Cauê Macris. A PM usou bombas de gás lacrimogênio, spray de pimenta e balas de borracha contra os trabalhadores, que deixou muitos manifestantes feridos.
“Repudiamos a violência do governo de São Paulo contra os servidores públicos que acompanharam a segunda votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/2019, atacados pelo Batalhão de Choque da PM com gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha. Não podemos aceitar que um debate tão importante como o da Previdência seja feito de forma arbitrária e sem discussão. O ataque aos servidores não ocorreu somente durante a votação, me se estende com a retirada de direitos e o confisco de seus salários. Um governo que retira direito de seus trabalhadores, mas vota a favor da renúncia fiscal de R$ 17,5 bi na LDO do ano passado”, critica Ivone Silva, presidenta do Sindicato.