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Sindicato sedia Seminário da Mulher Trabalhadora

Linha fina
Encontro estadual da CUT discute paridade entre homens e mulheres na política e na sociedade e celebra 26 anos da política de gênero da central
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São Paulo – Mulheres de diferentes categorias se reuniram no Seminário Estadual da Mulher Trabalhadora para debater igualdade de oportunidades. E encontro, promovido pela CUT/SP lotou o auditório amarelo do Sindicato na manhã desta terça-feira 3. O assunto central foi a paridade entre homens e mulheres na política e na sociedade.

A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, abriu os debates lembrando a publicação Para um mundo melhor, relações compartilhadas, lançada em março, mês da mulher, pela entidade. “Temos de refletir sobre os avanços e sobre qual direção devemos tomar por um país mais justo e igualitário. Esse encontro é resultado da nossa luta”, disse a presidenta. Juvandia também ressaltou a importância sobre a paridade na política nacional: “A cota de mulheres na política é uma ação afirmativa e necessária”.

> Leia a íntegra da cartilha sobre relações compartilhadas

Daniel Reis, diretor executivo do Sindicato, também falou sobre a importância de equiparar cargos políticos entre homens e mulheres. “É preciso ampliar e qualificar esse debate, afinal, nossa cultura é machista, racista, preconceituosa. Estamos conseguindo quebrar esse comportamento.”

Dados no Brasil – A socióloga Adriana Marcolino (ao lado), da subseção do Dieese da CUT, apresentou dados sobre a desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho brasileiro. Segundo o censo do IBGE de 2010, as mulheres representam praticamente metade da população do país, 51%. No mercado de trabalho, elas sofrem com salários menores em todas as regiões, ocupam mais vagas no trabalho informal – na região norte, 67% das trabalhadoras estão na informalidade – e esperam mais tempo para se recolocar no mercado de trabalho. Em São Paulo, o índice de desemprego é de 5,5 meses entre os homens, enquanto as mulheres ficam desempregadas por 8,6 meses, em média.

Segundo a socióloga, no trabalho formal os homens possuem jornadas maiores, no entanto as mulheres trabalham 22 horas por semana em casa, enquanto eles dedicam cerca de 10 horas para tarefas domésticas e educação dos filhos.

Para Adriana, o avanço por igualdade de oportunidade tem relação direta com a luta sindical: “Assuntos sobre responsabilidade familiar, saúde da mulher e equidade de gênero são cada vez mais discutidos nas mesas de negociação”.


Gisele Coutinho – 3/4/2012

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