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Propostas para o Conselho Internacional do FSM

Linha fina
Aliança a nível internacional busca garantir Fórum Social Mundial mais ativo e com mobilizações nas ruas
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Túnis - Um Fórum Social Mundial (FSM) autônomo, plural e representativo e um Conselho Internacional (CI) democrático em toda a sua essência, seja na aglutinação de entidades, estratégia, nos espaços da comunicação ou no processo de finanças.

O diretor executivo da CUT, Rogério Pantoja, em intervenção da Central na reunião do Conselho Internacional, nos dias 31 de março e 1º de abril, apontou para a necessidade de construir um espaço capaz de contemplar a diversidade e que priorize o coletivo. O CI é o espaço de formulação e organização política do Fórum.

A Central entende ser evidente o desgaste gerado pela ausência de debate no interior do Conselho, impedindo avaliações das transformações ocorridas no mundo. Para a entidade, em uma conjuntura de crise, é fundamental resgatar os princípios do FSM em contraposição ao Fórum Mundial de Davos e as políticas neoliberais e capitalistas.

Para isso, reafirmar a construção do Conselho Internacional como um espaço composto por entidades representativas e não por pessoas é imprescindível. Intelectuais e pensadores são sempre bem-vindos, mas a prioridade é agregar a diversidade de movimentos existentes, seja os movimentos sindical, social, ONGs ou redes.

A CUT, como maior central sindical do Brasil e da América Latina e uma das entidades fundadoras do FSM, tem papel de responsabilidade importante em construir e consensuar propostas concretas não apenas voltadas a defesa dos trabalhadores, como também contra a lógica excludente do sistema financeiro, a militarização, o prconceito, em defesa da auto-determinação dos povos, da juventude, das mulheres, questões relativas ao meio-ambiente e as minorias, entre outras.

Presente em todas as edições do FSM, a CUT o considera como um espaço de atuação extremamente importante para todos os movimentos e organizações que buscam a construção de um mundo mais justo, democrático e igualitário.

O documento onde está explicitado a posição da Central (veja aqui) em consonância com a Coordenação de Movimentos Sociais (CMS) contou com ampla divulgação e apoio explícito de vários setores do Fórum de diferentes partes do mundo, sendo fundamental para a difusão deste debate.

Assim, pode-se abrir um processo de diálogo que apontasse para a construção de um movimento unitário com mobilizações nas ruas, campanhas e outras iniciativas.

“Destaco quatro iniciativas importantes realizadas neste Fórum. A assembleia das mulheres, a marcha de abertura, a assembleia dos movimentos sociais e a reunião da convergência sindical. Saudamos também a participação do povo tunisiano e todo processo colaborativo e de segurança às delegações internacionais. Nossa preocupação é que haja a continuidade deste processo, garantindo às lideranças e organizações da região a mesma segurança que foi empreendida durante ao Fórum Social Mundial”, apontou Rosane Berttoti, secretária nacional de Comunicação da CUT.

“O momento por qual passamos, onde há uma grave crise financeira internacional e ataques contínuos aos direitos sociais e trabalhistas nos desafia a construir ações efetivas. Inclusive muitas falas durante a própria reunião do Conselho Internacional apontaram para a possibilidade incorporar campanhas do movimento social e sindical como a campanha pela taxação de movimentações financeiras internacionais, de taxação de grandes fortunas e pela paz”, destacou Pantoja.

Pela CUT, também estiveram presentes nesta reunião os diretores executivos Shakeaspare Martins de Jesus e Rosana Sousa.

O indicativo da próxima reunião do Conselho Internacional é para o mês de outubro na região do Magreb (Marrocos, Sahara Ocidental, Argélia e Tunísia) e Macherek (todos os países árabes situados a leste da Líbia). Ate lá, está aberto o debate a respeito do futuro do FSM e prazo para apresentação de candidaturas a receber o próximo Fórum Social Mundial.


William Pedreira, da CUT - 3/4/2013
 

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