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Audiência pública contra a discriminação

Linha fina
Debate sobre autonomia econômica das mulheres quer fazer avançar projeto de lei que prevê salário igual para trabalho de igual valor
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São Paulo – Apesar de terem nível de escolaridade igual ou maior, as mulheres ganham salários mais baixos que os homens. No mundo, de acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), essa diferença é de, em média, 22,9%. No Brasil, a defasagem é ainda maior: ficava em 27,7% em 2011, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse quadro de injustiça incomoda o movimento sindical que tem promovido uma série de ações. Como resultado da reunião das dirigentes sindicais com a presidenta Dilma Rousseff, em 21 de março, e dos seminários com a Secretaria de Política para as Mulheres, o PL da Igualdade, como é conhecido, está sendo tocado na Câmara dos Deputados.

A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, participou dos encontros e destaca a importância das discussões em torno desse projeto de lei – o 6653/2009, da deputada federal Alice Portugal (PCdoB/BA), que cria mecanismos para garantir a igualdade entre mulheres e homens, para coibir práticas discriminatórias nas relações de trabalho urbano e rural, bem como no âmbito dos entes de direito público externo, das empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias.

“O apoio da presidenta Dilma Rousseff foi fundamental para conseguirmos retomar o debate em torno desse projeto de lei que é tão importante para as mulheres e toda a sociedade”, destaca a dirigente.

Nesta terça-feira 29, será realizada audiência pública na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, para debater o PL 6653/2009. A dirigente sindical Deise Recoaro participará como representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Será às 14h30, no plenário nº 12 do anexo II da Câmara dos Deputados.

“Os empresários estão fazendo lobby contra o PL, por isso ele ficou tanto tempo parado. As bancárias, que recebem em média 78% dos salários dos bancários, e todos os trabalhadores podem participar, pressionando seu deputado a votar a favor desse projeto que tem por objetivo principal promover justiça e fazer com que as empresas paguem salário igual, para trabalho de igual valor”, completa Juvandia.


Claudia Motta – 28/4/2014

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