São Paulo – Uma das mais eficazes ferramentas de inclusão para as pessoas cegas é lembrada nesta terça 8 de abril, quando se comemora o Dia Nacional do Braille.
A data objetiva refletir sobre a necessidade de inclusão na sociedade das pessoas com deficiência visual, que totalizavam, em 2010, 148 mil cegos e 2,4 milhões cidadãos com grande dificuldade de enxergar, segundo o IBGE.
O dia escolhido serve também para homenagear o nascimento de José Álvares de Azevedo, primeiro professor cego brasileiro, que estudou o método em Paris antes de difundí-lo no Brasil.
O sistema de leitura pelo tato engloba a escrita em relevo por meio da aplicação de pontos e foi desenvolvido pelo francês Louis Braille, que perdeu a visão aos 3 anos de idade. A primeira versão foi apresentada em 1825. A escrita é baseada na combinação de seis pontos, dispostos em duas colunas de três, permitindo a formação de 63 caracteres diferentes representando letras do alfabeto, números, simbologia aritmética e fonética.
FB em braille - Até março de 2014, o Sindicato já havia distribuído 100 edições da Folha Bancária em braille para trabalhadores cegos, lotados principalmente nos complexos administrativos de bancos públicos e privados. A primeira edição integrou as comemorações dos 88 anos de fundação da entidade.
A concepção do jornal contou com a colaboração de bancários cegos que sugeriram o formato – menor e com papel mais grosso – para propiciar a leitura sem a necessidade de apoio em superfície lisa, como ocorre normalmente.
“A partir dessa experiência esses bancários passaram a ter mais autonomia e a também apresentar suas reivindicações para melhorar as condições de trabalho”, afirma o diretor de Imprensa do Sindicato, Ernesto Izumi.
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Jair Rosa - 8/4/2014
Linha fina
Método de leitura por meio do tato foi desenvolvido pelo francês Louis Braille no século 19. Sindicato disponibiliza Folha Bancária com essa linguagem para os trabalhadores
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