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São Paulo – “Mesmo com todo o desenvolvimento tecnológico que facilita acessibidade dos cegos e pessoas com baixa visão, nada substitui o prazer da leitura por meio do Braille. Sentir as frases, a pontuação, toda a estrutura de um texto. Muito diferente dos programas que, na verdade, trazem apenas um áudio do que está escrito.” O depoimento, de uma bancária do Itaú que tem perda total da visão, reflete a importância desse método de escrita, cuja data nacional é comemorada nesta sexta, 8 de abril.
A trabalhadora integra rol de cerca de 100 bancários que recebem periodicamente a Folha Bancária em Braille, publicação do Sindicato que completará cinco anos de circulação em 26 de abril. “Foi uma das maiores e mais felizes surpresas quando recebi a edição pela primeira vez há uns três anos. Vi que vocês [o Sindicato] se preocupam de fato com as pessoas. Isso me colocou em igualdade de condições com meus colegas no que diz respeito a ter um jornalzinho também”, destaca. “E vi que não parou por aí, pois no final do ano passado recebi um calendário em Braille do Sindicato, coisa muito difícil de se conseguir.”
A secretária de Formação do Sindicato, Neiva Ribeiro, destaca que a partir da FB em Braille outras portas foram abertas. “Aumentaram as demandas desse público. O que é fantástico. A partir daí, os materiais do Centro de Formação Profissional do Sindicato também passaram a contar com a linguagem em Braille, possibilitando que deficientes visuais fizessem alguns de nossos cursos.”
A dirigente sindical também participa da mesa de negociação com a federação dos bancos (Fenaban) sobre igualdade de oportunidades. “Passamos a discutir temas como ascensão profissional para as pessoas com deficiência. Trabalhadores que não se contentam apenas em preencher quota, e querem também oportunidade na carreira, pois são tão capazes quanto os demais. Precisam apenas de chance e, quando necessário, equipamento, ambiente de trabalho e mobiliário adequados para isso”, diz Neiva.
Um dos avanços da negociação sobre igualdade de oportunidades foi a realização, pela Fenaban, do Censo da Diversidade, pesquisa sobre o perfil da categoria. O II Cento, de 2014, foi respondido por 187 mil bancários (40% da categoria). Desse total, 6,7 mil (3,6%) afirmaram ter algum tipo de deficiência e desses, 796 (11,8%) são cegos ou têm baixa acuidade visual.
“As informações do censo são fundamentais para aprofundar os debates com os bancos sobre as reivindicações de todas as pessoas com deficiência [PCDs], inclusive na cobrança constante pelo respeito à lei das quotas”, destaca Neiva.
O Braille – O Dia Nacional do Braille, 8 de abril, está em vigor desde 2010. A data celebra o dia de nascimento de José Álvares de Azevedo, o primeiro professor cego brasileiro.
O método, com uso de pontos em relevo, foi desenvolvido pelo francês Louis Braille. Cego durante a infância, aos 16 anos de idade ele apresentou, em 1825, a primeira versão de um sistema de escrita e leitura que mudou a vida das pessoas cegas em todo o mundo.
Baseado na combinação de seis pontos dispostos em duas colunas e três linhas, o sistema permite formação de 63 caracteres diferentes, que representam as letras do alfabeto, os números, a simbologia científica, musicográfica, fonética e informática. Esse método adapta-se à leitura tátil, pois os seis pontos em relevo podem ser percebidos pela parte mais sensível do dedo com apenas um toque. A leitura em Braille é feita da esquerda para a direita, com uma ou ambas as mãos.
Jair Rosa, com informações da Fundação Dorina Nowill para Cegos – 8/4/2016
A trabalhadora integra rol de cerca de 100 bancários que recebem periodicamente a Folha Bancária em Braille, publicação do Sindicato que completará cinco anos de circulação em 26 de abril. “Foi uma das maiores e mais felizes surpresas quando recebi a edição pela primeira vez há uns três anos. Vi que vocês [o Sindicato] se preocupam de fato com as pessoas. Isso me colocou em igualdade de condições com meus colegas no que diz respeito a ter um jornalzinho também”, destaca. “E vi que não parou por aí, pois no final do ano passado recebi um calendário em Braille do Sindicato, coisa muito difícil de se conseguir.”
A secretária de Formação do Sindicato, Neiva Ribeiro, destaca que a partir da FB em Braille outras portas foram abertas. “Aumentaram as demandas desse público. O que é fantástico. A partir daí, os materiais do Centro de Formação Profissional do Sindicato também passaram a contar com a linguagem em Braille, possibilitando que deficientes visuais fizessem alguns de nossos cursos.”
A dirigente sindical também participa da mesa de negociação com a federação dos bancos (Fenaban) sobre igualdade de oportunidades. “Passamos a discutir temas como ascensão profissional para as pessoas com deficiência. Trabalhadores que não se contentam apenas em preencher quota, e querem também oportunidade na carreira, pois são tão capazes quanto os demais. Precisam apenas de chance e, quando necessário, equipamento, ambiente de trabalho e mobiliário adequados para isso”, diz Neiva.
Um dos avanços da negociação sobre igualdade de oportunidades foi a realização, pela Fenaban, do Censo da Diversidade, pesquisa sobre o perfil da categoria. O II Cento, de 2014, foi respondido por 187 mil bancários (40% da categoria). Desse total, 6,7 mil (3,6%) afirmaram ter algum tipo de deficiência e desses, 796 (11,8%) são cegos ou têm baixa acuidade visual.
“As informações do censo são fundamentais para aprofundar os debates com os bancos sobre as reivindicações de todas as pessoas com deficiência [PCDs], inclusive na cobrança constante pelo respeito à lei das quotas”, destaca Neiva.
O Braille – O Dia Nacional do Braille, 8 de abril, está em vigor desde 2010. A data celebra o dia de nascimento de José Álvares de Azevedo, o primeiro professor cego brasileiro.
O método, com uso de pontos em relevo, foi desenvolvido pelo francês Louis Braille. Cego durante a infância, aos 16 anos de idade ele apresentou, em 1825, a primeira versão de um sistema de escrita e leitura que mudou a vida das pessoas cegas em todo o mundo.
Baseado na combinação de seis pontos dispostos em duas colunas e três linhas, o sistema permite formação de 63 caracteres diferentes, que representam as letras do alfabeto, os números, a simbologia científica, musicográfica, fonética e informática. Esse método adapta-se à leitura tátil, pois os seis pontos em relevo podem ser percebidos pela parte mais sensível do dedo com apenas um toque. A leitura em Braille é feita da esquerda para a direita, com uma ou ambas as mãos.
Jair Rosa, com informações da Fundação Dorina Nowill para Cegos – 8/4/2016