São Paulo – A situação dos empregados da Caixa em agências subordinadas à Superintendência Regional Osasco (SR Osasco) ilustra o processo de desmonte do banco público promovido pela sua atual direção, a mando do governo federal. Os trabalhadores enfrentam enorme sobrecarga de trabalho. Para cobrar a alocação de mais bancários nas unidades da regional, representantes dos empregados se reuniram, na terça-feira 25, com a SR Osasco, que reúne 34 agências e 3 postos de atendimento bancário em nove municípios.
“A situação dos empregados da SR Osasco, que já era crítica devido à enorme e recorrente sobrecarga de trabalho, agravou-se ainda mais com o aumento de demanda decorrente da liberação de saques de contas inativas do FGTS”, destaca o diretor do Sindicato e coordenador da Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Dionísio Reis, reforçando ainda que, em apenas um mês, foram recolhidas por volta de 1.500 assinaturas da população cobrando mais bancários nas agências da Caixa.
“Também nos posicionamos contrários ao fechamento de agências, que agravaria ainda mais a sobrecarga e a precarização do atendimento. Assim como fizemos em negociação no dia 7 de abril, cobramos mais contratações – o que foi negado pelo banco em mesa – e esclarecimentos sobre as declarações do presidente da Caixa, Gilberto Occhi, de que cerca de 120 agências poderiam ser encerradas. Isso seria um crime contra os empregados e a população”, acrescenta o diretor do Sindicato.
A SR Osasco se comprometeu a remanejar empregados para unidades com maior demanda, sem desguarnecer agências pequenas. “Vamos acompanhar de perto a situação desses locais. Não adianta deslocar bancários para uma unidade sobrecarregando outra. O ideal seria a contratação de mais empregados”, avalia Dionísio.
Protesto – No último dia 20, o Sindicato promoveu ato na agência B.Coutinho, em Osasco, no âmbito da campanha Mais Empregados para a Caixa Mais Caixa para o Brasil. Nessa unidade há imensa demanda de atendimento à população. “É um exemplo do que os bancários da SR Osasco enfrentam. As agências dessa regional são importantes para o povo da região. Devem ser fortalecidas com mais empregados, e não fechadas”, enfatiza o dirigente.
Greve geral – O coordenador da CEE/Caixa destaca ainda a importância da adesão dos empregados do banco público na greve geral de sexta-feira 28.
“Além de ser contra a retirada de direitos de todos os trabalhadores com as reformas da Previdência, trabalhista e terceirização irrestrita, a greve também é em defesa dos bancos públicos, que passam por um processo acelerado de desmonte, promovido pelo governo Temer. É fundamental que os bancários da Caixa cruzem os braços no dia 28 para defender seus direitos, empregos e a Caixa 100% pública”, conclama.