São Paulo - A CUT organizou, nesta terça-feira 18, uma grande articulação para pressionar nos aeroportos os deputados que embarcam para Brasília. Apesar de existir um acordo para colocar em pauta a reforma trabalhista somente em maio, deputados golpistas querem apressar a votação desse projeto no plenário da Câmara, usando para isso um pedido de urgência. A pretensa reforma pretendida pelo ilegítimo governo temer é na verdade é uma bomba que visa destruir os direitos trabalhistas e as organizações sindicais brasileiras.
Sindicalistas de sete estados confirmaram que fariam manifestações nos aeroportos: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os cearenses chegariam mais cedo, às 4h30, para organizar uma panfletagem na região durante a parte da manhã.
Na terça-feira 18, o substitutivo ao Projeto de Lei (PL) 6.787/2016, apresentado pelo relator, o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), será apreciado pela comissão especial que analisa a matéria.
Enquanto isso, no plenário da Câmara será definido se a Casa acatará o pedido de tramitação da matéria em caráter de urgência. Caso os deputados aprovem o pedido de urgência, o projeto pode ser votado assim que for liberado pela comissão especial. Ou seja, ainda no mesmo dia ou já na quarta-feira 19.
Se o pedido de urgência não for acatado, a reforma trabalhista deve ser votada em até cinco sessões, o que representa, aproximadamente, duas semanas.
Reaja - A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, lembra que é preciso manter a pressão sobre os parlamentares para que eles votem contra as reformas da Previdência e trabalhista. Ela convoca os bancários e demais categorias a enviar e-mails aos deputados dizendo que se votarem a favor não serão reeleitos. Também chama todos a participar da greve geral contra as reforma de Temer, marcada para 28 de abril.