
Bancários de todo o Brasil reuniram-se nesta segunda-feira 28, em Brasília, para o seminário ampliado do Comando Nacional. O encontro debateu as pautas da Marcha da Classe Trabalhadora – que será realizada na terça-feira 29, também em Brasília – e seus efeitos na organização sindical da categoria e dos trabalhadores.
Dentre as principais pautas de reivindicações dos trabalhadores neste ano estão a redução da jornada de trabalho, com manutenção dos salários como forma de compartilhar os benefícios dos avanços da tecnologia; e a justiça tributária, com o apoio ao projeto de lei que amplia a isenção do imposto de renda para os trabalhadores que ganham até 5 mil e a cobrança de imposto dos super-ricos.
“É um seminário importante no qual discutiremos a justiça tributária e atualizaremos a pauta da classe trabalhadora, e onde estão reunidos os trabalhadores do ramo financeiro para discutir nossas lutas depois da reforma trabalhista e dos golpes contra a classe trabalhadora. E este seminário diz muito sobre como temos trabalhado unidos para enfrentar a conjuntura, que tem se mostrado cada vez mais difícil” afirmou, durante a abertura do seminário, Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
“Precisamos de mais unidade, de mais diálogo e de mais solidariedade entre nós, para que a gente possa fazer jus a todas as dificuldades que vão se apresentando para a classe trabalhadora, e que temos enfrentado com tanta coragem, firmeza e organização.”
Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo

Durante o seminário realizado nesta segunda-feira 28, ocorreu o lançamento da Consulta Nacional dos Bancários, que será realizada a partir de 15 de maio. Também foram debatidos os temas das conferências estaduais e da Conferência Nacional dos Bancários, que serão realizadas este ano, mesmo na ausência da Campanha Nacional dos Bancários – o acordo fechado em 2024 é válido até 31 de agosto de 2026.
Também foi realizado um debate sobre justiça tributária com Paulo Gil, auditor fiscal aposentado da Receita Federal, vice-presidente do Instituto Justiça Fiscal e ex-presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil.
Entrega da pauta
Após a marcha, representantes das centrais sindicais entregarão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Pauta da Classe Trabalhadora, que contém mais de 30 reivindicações. A pauta também será entregue à Câmara dos Deputados e ao Senado.
A Marcha
A Marcha em Brasília tem como pautas a redução da Jornada de Trabalho, sem redução salarial e o fim da escala 6X1. As centrais defendem ainda a isenção do imposto para quem tem renda até R$ 5 mil; as pautas dos trabalhadores e trabalhadoras no Serviço Público das esferas municipal, estadual e federal, com a valorização do serviço público, fim do confisco, pela manutenção do RJU (Regime Jurídico Único), pela regulamentação da negociação coletiva (Convenção 151); a valorização da Agricultura Familiar, o cumprimento da lei de igualdade salarial entre homens e mulheres, transição energética justa, combate ao racismo e à LGBTQIA+fobia, entre outras reivindicações.
A Marcha será o ponto alto da Jornada Nacional de Lutas da Classe Trabalhadora, que teve início no dia 9 de abril com um ciclo de debates em parceria com o Dieese em vários estados do Brasil.
Programação
A concentração será às 8h, no estacionamento do Teatro Nacional/Praça da Cidadania. Às 9h, será realizada a Plenária. Às 10h30, a saída da Marcha rumo ao Congresso Nacional, onde a pauta será entregue à Câmara dos Deputados e ao Senado.
