
O Dia Mundial da Saúde, comemorado em 7 de abril, marca o aniversário da Organização Mundial da Saúde (OMS), criada em 1948. Há décadas, essa data tem sido um momento de reflexão sobre os desafios da saúde pública e da necessidade de investimentos para garantir bem-estar e prevenção de doenças.
Embora a saúde seja frequentemente associada a hábitos alimentares, exercícios físicos e acesso a serviços de saúde, um fator crucial que impacta diretamente a qualidade de vida da população é o ambiente de trabalho. A forma como trabalhamos, a pressão a que somos submetidos, as metas abusivas e o assédio moral podem levar a sérios problemas físicos e psicológicos, como ressalta Valeska Pincovai, secretária de saúde do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
"O adoecimento relacionado ao trabalho não afeta apenas o indivíduo, mas também sua família e a sociedade como um todo. Depressão, ansiedade, burnout e doenças ocupacionais são cada vez mais comuns e, infelizmente, muitas vezes subestimadas ou ignoradas. Trabalhadores exaustos e doentes impactam a produtividade, aumentam os custos para o sistema de saúde e comprometem o bem-estar coletivo", analisa a dirigente.
Diante disso, lutar por melhores condições de trabalho, por ambientes saudáveis e por relações laborais respeitosas é também lutar por uma sociedade mais saudável e feliz. "Os bancos devem se comprometer com políticas que priorizem a segurança, o respeito e a qualidade de vida dos trabalhadores. Ao garantirmos um ambiente de trabalho digno e humanizado, promovemos não apenas a saúde individual, mas também o bem-estar social", conclui Valeska.
Saúde na categoria preocupa
A Consulta Nacional feita entre abril e junho/2024 na base de representação do Sindicato, ouvindo quase 50 mil bancários, mostrou que 39% dos participantes usam ou usaram remédios controlados nos últimos 12 meses, como antidepressivos, ansiolíticos e estimulantes. Além disso, conforme números do INSS, em 2022, os bancários representaram 25% dos afastamentos acidentários relacionados à saúde mental e comportamental registrados no Brasil.
Além das questões de saúde mental, as lesões por esforço repetitivo (LER/DORT) também são um problema para os bancários. De acordo com dados do DATASUS, em 2024, foram registradas 562 notificações de LER/DORT oriundas da categoria bancária no Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). Com isso, a categoria representou 6,7% do total de 8.392 notificações registradas no Sinan durante o ano passado.
Conte com o Sindicato
A Secretaria de Saúde do Sindicato dos Bancários promove campanhas de divulgação e prevenção sobre as diferentes formas de adoecimento no trabalho. Além disso, o Sindicato está em constante negociação com os bancos exigindo ergonomia nos locais de trabalho, infraestrutura adequada e ações de combate ao assédio e outras formas de violência. Junto a isso, a secretaria de saúde da entidade orienta e auxilia os bancários nos afastamentos por problemas médicos.
Você pode entrar em contato com a secretaria pelo WhatsApp (11) 97198-3698 e, se preferir, utilizar o Canal de Denúncias do Sindicato. O anonimato é garantido!
Neste ano, a secretaria retomou os Encontros de Saúde dos Bancários. Todos os bancários e bancárias podem participar, estejam afastados ou trabalhando. Quem foi desligado recentemente e quiser participar também pode. Os encontros contam com discussões em grupo a respeito do trabalho e questões relacionadas a assédio moral, pressão, metas, entre outros. Confira os horários:
Grupo às segundas-feiras: das 19h às 21h
Grupo às sextas-feiras: das 09h às 10h30
