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Trabalhadores na 17ª Parada do Orgulho LGBT

Linha fina
CUT/SP leva trio elétrico para a Paulista no evento, que deve reunir cerca de 3 milhões de pessoas
Imagem Destaque

São Paulo - A CUT São Paulo marca presença na 17ª Parada do Orgulho LGBT no domingo 2, a partir das 12h, com trio elétrico na Avenida Paulista animando a festa e promovendo o debate politizado na luta contra o preconceito e pelos direitos das lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros. A previsão é que mais de 3 milhões de pessoas participem.

A concentração começa às 10h em frente ao vão livre do MASP. A cantora Daniela Mercury, que recentemente admitiu publicamente ser casada com uma mulher, confirmou presença no evento. Além do show semelhante ao do carnaval em Salvador, com 22 músicos no trio, ela cantará o hino nacional na abertura da Parada.

O show de encerramento começa às 19h, com apresentações das cantoras Ellen Oléria, vencedora do The Voice Brasil, e Mariene de Castro em palco montado na Avenida Ipiranga, esquina com a Rua Vinte e Quatro de Maio.

Pioneirismo - A participação da CUT-SP acontece desde 2005 e reforça o engajamento, ressaltando que a temática é um dos compromissos estabelecidos no estatuto da entidade, ou seja – “lutar pela igualdade de oportunidade e de tratamento entre homens e mulheres, sem preconceito de cor/raça/etnia, idade; orientação sexual e deficiência, nos diversos espaços do mundo do trabalho e da sociedade em geral”.

O Coletivo LGBT, ligado à Secretaria Estadual de Políticas Sociais da CUT/SP, foi criado em março de 2008 e atualmente conta com a participação de mais de 10 sindicatos, com dirigentes atuando não só internamente, mas sobretudo junto ao trabalhador. “Quando o coletivo foi criado, a ideia foi agregar as questões LGBT à pauta de reivindicações com os patrões e com o governo, pois faltava atenção às especificidades desse público, presente em todas as categorias”, explica Walmir Siqueira, coordenador do coletivo é diretor do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp).

Para além das propostas relativas ao ambiente do trabalho, os membros do coletivo também têm representação em conselhos, coordenadorias e outros espaços para diálogo e apresentação de propostas voltadas aos direitos do público LGBT nos âmbitos municipal, estadual e federal.

Gil Santos integra a Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual da Prefeitura de São Paulo (Cads); Carlos Alberto de Souza Obici e o coordenador do coletivo fazem parte do Conselho Nacional de Combate a Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT), ligado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Siqueira também ressalta que a CUT São Paulo foi pioneira na criação do Coletivo LGBT, incentivando o nascimento de outros coletivos dentro dos sindicatos filiados à Central. Assim, o debate e as reivindicações têm trazido cada vez mais e melhores resultados no reconhecimento de direitos.

Bancários - A luta dos bancários também garantiu, em convenção coletiva nacional, o reconhecimento da união homoafetiva nesta categoria, permitindo a inclusão de parceiros como beneficiários do convênio médico e como dependentes no caso de morte. A união homoafetiva também já é reconhecida dentro do funcionalismo e, tanto no setor público, quanto no privado, o nome social deve ser respeitado no local de trabalho.


Flaviana Serafim, da CUT/SP, com edição da Redação - 31/5/2013

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