São Paulo - O volume de água do Sistema Cantareira registrou mais uma queda, baixando na quarta 7 para 9,6% da sua capacidade de armazenagem. No dia anterior, o nível dos reservatórios estava em 9,8%. Há um ano, o nível de armazenagem no Cantareira correspondia a 62% da sua capacidade.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), não há previsão de chuvas significativas na cabeceira do Sistema Cantareira. “Vai haver nebulosidade e apenas uns chuviscos, mas nada que melhore [o nível dos reservatórios]”, disse Kleber Souza, meteorologista do Inmet.
A Procuradoria-Geral do Estado, que divulgaria na terça 6 o parecer sobre a cobrança de multa de 30% aos consumidores que excederem o gasto médio de água, proposta pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), informou um dia depois que não há mais data prevista para o anúncio.
Além de recorrer à multa como forma de evitar um colapso no abastecimento de água para cerca de 9 milhões de pessoas, o governo paulista lançou um bônus dado aos clientes que conseguem reduzir o consumo em 30%. Essa ação permitiu uma queda de 76% no consumo em março, e 81% em abril.
No começo da semana, o governador Geraldo Alckmin voltou a negar a possibilidade de adoção do racionamento. Ele confirmou que, no dia 15, a Sabesp começará a retirar a água do chamado volume morto, área abaixo do nível de captação das comportas, cujo aproveitamento exige a expansão da estrutura de bombeamento. A previsão é usar 200 bilhões de litros dos 400 bilhões da reserva estratégica.
Fernanda Cruz, da Agência Brasil - 7/5/2014
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Apesar de não haver previsão de chuvas significativas, governador Geraldo Alckmin reluta em adotar oficialmente o racionamento
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