São Paulo – As mulheres constituem 52% da população brasileira. Elas chefiam 42% dos lares brasileiros e respondem por 44% da força de trabalho do país. Paralela a essa realidade, as mulheres ainda enfrentam números alarmantes de violência.
Em pesquisa realizada pelo Data Popular, em parceria com o Instituto Patrícia Galvão e apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, em 2013, 85% dos entrevistados consideram que as mulheres que denunciam seus parceiros correm mais riscos de sofrer assassinato e metade da população acha que a forma como a Justiça pune não reduz a violência contra as mulheres. Os dados apontam ainda que 69% dos entrevistados acreditam que a violência contra as mulheres não ocorre apenas em famílias pobres.
Para combater esse tipo de violência, a campanha Quem Ama Abraça está nas ruas. O objetivo é fortalecer a necessidade da não violência contra a mulher no espaço escolar, com divulgação de canais de denúncia, debates sobre violência doméstica e familiar. A ideia é fazer com que crianças que passem por situações violentas em casa não reproduzam essa cultura.
Além da aproximação do tema com as crianças, a campanha também engrossa a divulgação do Ligue 180, canal que em março deste ano passou a ser um disque-denúncia e não mais central de atendimento. Agora, o sistema transmite diretamente os relatos aos Ministérios Públicos Estaduais — já na condição de denúncia. Com isso, as mulheres passam a contar com o monitoramento do andamento das apurações.
> Ajude a divulgar a campanha Quem Ama Abraça
Para chamar a atenção de crianças e facilitar os meios de comunicação de professores e também dos pais, jogos, gibis e clipes com artistas famosos estão disponíveis no www.quemamaabraca.org.br. A campanha é organizada pela Redeh (Rede de Desenvolvimento Humano) e Instituto Magna Mater em parceria com o governo federal, Ford Foundation e Instituto Avon.
Redação – 12/5/2014
Linha fina
Campanha em parceria com governo federal quer conquistar público em idade escolar com informações em gibis e jogos para não reproduzir violência contra mulheres
Imagem Destaque