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São Paulo – O nível dos reservatórios do Sistema Cantareira reduziu 0,2 ponto percentual, atingindo no dia 26 de maio, 19,5% da capacidade do volume morto. A queda interrompeu sequência de oito dias de estabilidade, porque desde o sábado 16 o sistema registrava 19,7%.
Para o geólogo da USP, Delmar Mattes, a diminuição mostra que a crise hídrica persiste, mesmo tendo perdido destaque na grande mídia. “Essa crise ainda vai se estender por até uns cinco anos, mas eles (governo do PSDB) controlam a mídia então não sabemos a realidade”, apontou. Delmar ressalta que com o período de estiagem que se intensificará em julho, o governo terá de intensificar os cortes e a retirada de água de reservatórios como a Billings.
Antes da atual crise, o sistema Cantareira garantia água para aproximadamente 9 milhões de pessoas. Com a estiagem e a retirada maior, ele secou e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) começou a captar água de outros mananciais. Hoje, o Cantareira abastece 5,4 milhões de pessoas.
A chuva acumulada nos reservatórios do sistema durante este mês ficou abaixo do volume histórico para maio. “As coisas não estão ocorrendo como o previsto, nunca podemos afirmar com toda a segurança que haverá ou não chuva”, alerta o geólogo.
Delmar lembra que o governo tem tomado duas medidas que considera como “empurrar com a barriga”: a diminuição da pressão e fechamento de registros e a retirada de água de outros reservatórios. “Isso é racionamento, o que eles não admitem, mas ocorre, em alguns bairros chega-se a ficar 20 horas do dia sem água. E a possibilidade de trazer mais da Billings também é preocupante por causa da qualidade dessa água.”
Segundo o professor, caso se passe a retirar água de locais como o braço Rio Grande da Billings, local com maior nível de contaminação (incluindo metais pesados), as consequências serão sentidas no longo prazo com o aparecimento de problemas de saúde. “Eles dizem que a qualidade da água está boa, mas há muita reclamação da população por receber água com cor e gosto estranhos. Qual é a realidade? Os fatos ou a versão do governo?”, questiona o geólogo.
Luana Arrais – 27/5/2015
Para o geólogo da USP, Delmar Mattes, a diminuição mostra que a crise hídrica persiste, mesmo tendo perdido destaque na grande mídia. “Essa crise ainda vai se estender por até uns cinco anos, mas eles (governo do PSDB) controlam a mídia então não sabemos a realidade”, apontou. Delmar ressalta que com o período de estiagem que se intensificará em julho, o governo terá de intensificar os cortes e a retirada de água de reservatórios como a Billings.
Antes da atual crise, o sistema Cantareira garantia água para aproximadamente 9 milhões de pessoas. Com a estiagem e a retirada maior, ele secou e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) começou a captar água de outros mananciais. Hoje, o Cantareira abastece 5,4 milhões de pessoas.
A chuva acumulada nos reservatórios do sistema durante este mês ficou abaixo do volume histórico para maio. “As coisas não estão ocorrendo como o previsto, nunca podemos afirmar com toda a segurança que haverá ou não chuva”, alerta o geólogo.
Delmar lembra que o governo tem tomado duas medidas que considera como “empurrar com a barriga”: a diminuição da pressão e fechamento de registros e a retirada de água de outros reservatórios. “Isso é racionamento, o que eles não admitem, mas ocorre, em alguns bairros chega-se a ficar 20 horas do dia sem água. E a possibilidade de trazer mais da Billings também é preocupante por causa da qualidade dessa água.”
Segundo o professor, caso se passe a retirar água de locais como o braço Rio Grande da Billings, local com maior nível de contaminação (incluindo metais pesados), as consequências serão sentidas no longo prazo com o aparecimento de problemas de saúde. “Eles dizem que a qualidade da água está boa, mas há muita reclamação da população por receber água com cor e gosto estranhos. Qual é a realidade? Os fatos ou a versão do governo?”, questiona o geólogo.
Luana Arrais – 27/5/2015