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Movimento negro pede cotas e fim de assassinatos

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Entidades da sociedade civil fizeram manifestação no Largo do Batata, em São Paulo, no 13 de Maio
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São Paulo - Entidades da sociedade civil fizeram na quarta 13 uma manifestação no Largo do Batata, em São Paulo, pedindo a adoção de cotas para negros para ingresso nas universidades públicas e o fim dos assassinatos contra jovens negros das periferias das cidades.

“O movimento negro está na rua hoje, dia 13 de Maio, dia da falsa abolição da escravatura, para denunciar que a abolição não ocorreu. Viemos pedir cotas e denunciar também o genocídio da população negra que segue até hoje”, disse Gabriela Mendes Chaves, do Levante Popular da Juventude.

Gabriela, que cursa economia na Pontifícia Universidade Católica (PUC), disse que só consegue se manter na faculdade porque foi selecionada, por meio de cotas, para receber recursos do Programa Universidade para Todos (Prouni).

“O Prouni tem uma porcentagem de cotas para negros e foi assim que eu consegui entrar na PUC. A mensalidade lá é R$ 1.900 e, se não fosse o programa, não teria condições nenhuma de frequentar uma universidade como aquela. Como a maioria dos negros não consegue”, disse.

O grupo, que se reuniu no início da noite no Largo do Batata, na zona oeste da capital, partiu em passeata até o Portão 1 da Universidade de São Paulo (USP). A polícia e os organizadores não tinham uma estimativa do número de pessoas que participaram do ato.

“O nosso foco é a implementação de cotas nas universidades públicas. Eu acho que a gente ocupando as universidades públicas, estando lá dentro, a gente é capaz de mudar a realidade”, disse a vestibulanda Jenifer Rodrigues Lopes, do Núcleo de Consciência Negra da USP.


Bruno Bocchini, da Agência Brasil - 14/5/2015
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