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São Paulo – A Parada do Orgulho LGBT chega à sua 20ª edição na capital paulista neste domingo 29, a partir das 10h, na Avenida Paulista. O tema deste ano é voltado ao universo T (travestis, mulheres transexuais, homens trans e transgêneros): “Lei de identidade de Gênero Já! Todas as Pessoas Juntas Contra a Transfobia”. Na terça 24, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), assinou decreto que coloca a Parada no calendário de eventos da cidade.
Agora como um evento formal, a Parada de São Paulo deve contar com planejamento e investimentos em infraestrutura por parte da prefeitura. Além de evidenciar questões importantes para a sociedade, a Parada é um atrativo para o turismo na capital. São Paulo é considerada pelo Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) uma cidade gay-friendly, ou seja, “possui uma preocupação na garantia dos direitos de minorias cotidianamente estigmatizadas”, nas palavras do prefeito.
A Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOGLBT-SP), ONG que organiza o evento, lançou uma campanha nas redes sociais para divulgar a principal bandeira do ano, contra a transfobia. A ação “Marque-se” pede que internautas pintem seus rostos com as cores da identidade trans (azul, rosa e branco) e usem a hashtag: #ChegaDeTransfobia. “Neste ano trouxemos a demanda da visibilidade do segmento T. Destacando uma parte da comunidade LGBT que sofre muito com o preconceito, com a evasão escolar, com a falta de inserção no mercado de trabalho, buscando a aprovação de uma lei”, afirmou o presidente da Associação da Parada do Orgulho LBGT de São Paulo, Fernando Quaresma.
Tramita no Congresso, desde 2013, a Lei de Identidade de Gênero, assinada pelos deputados federais Jean Wyllys (Psol-RJ) e Erika Kokay (PT-DF). O projeto encontra resistência de bancadas evangélicas. A ideia é permitir a alteração do nome e do gênero sem que o interessado seja obrigado a passar por processos médicos ou judiciais. Também consta do projeto a inclusão de tratamentos de mudança de sexo a serem oferecidos pelo SUS. “Hoje, para se ter uma mudança no nome, é preciso entrar com um processo na Justiça, passar por perícia médica e pelo crivo de um juiz, que pode ser uma pessoa preparada ou pode ser uma pessoa imbuída de preconceito. Com a lei, a pessoa só precisaria ir ao cartório fazer o pedido”, explicou Quaresma.
No dia 28 de abril, a presidenta Dilma Rousseff assinou o Decreto 8.727, que estabelece a utilização do nome social na administração pública federal. Considerado um avanço pela comunidade LGBT, o projeto está sob ameaça no governo interino de Michel Temer. O próprio líder do governo interino da Câmara é o deputado da bancada fundamentalista, André Moura (PSC-SE).
Em um de seus primeiros atos como presidente interino, Temer extinguiu o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. Em paralelo, na Câmara, na quarta 18, 28 deputados conservadores assinaram um Projeto de Decreto da Câmara que susta a medida tomada por Dilma em seus últimos dias antes do afastamento. Contra os retrocessos, a Parada LGBT deste ano busca reivindica a Lei de Identidade de Gênero.
Rede Brasil Atual, com informações da Secom - 25/5/2016
Agora como um evento formal, a Parada de São Paulo deve contar com planejamento e investimentos em infraestrutura por parte da prefeitura. Além de evidenciar questões importantes para a sociedade, a Parada é um atrativo para o turismo na capital. São Paulo é considerada pelo Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) uma cidade gay-friendly, ou seja, “possui uma preocupação na garantia dos direitos de minorias cotidianamente estigmatizadas”, nas palavras do prefeito.
A Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOGLBT-SP), ONG que organiza o evento, lançou uma campanha nas redes sociais para divulgar a principal bandeira do ano, contra a transfobia. A ação “Marque-se” pede que internautas pintem seus rostos com as cores da identidade trans (azul, rosa e branco) e usem a hashtag: #ChegaDeTransfobia. “Neste ano trouxemos a demanda da visibilidade do segmento T. Destacando uma parte da comunidade LGBT que sofre muito com o preconceito, com a evasão escolar, com a falta de inserção no mercado de trabalho, buscando a aprovação de uma lei”, afirmou o presidente da Associação da Parada do Orgulho LBGT de São Paulo, Fernando Quaresma.
Tramita no Congresso, desde 2013, a Lei de Identidade de Gênero, assinada pelos deputados federais Jean Wyllys (Psol-RJ) e Erika Kokay (PT-DF). O projeto encontra resistência de bancadas evangélicas. A ideia é permitir a alteração do nome e do gênero sem que o interessado seja obrigado a passar por processos médicos ou judiciais. Também consta do projeto a inclusão de tratamentos de mudança de sexo a serem oferecidos pelo SUS. “Hoje, para se ter uma mudança no nome, é preciso entrar com um processo na Justiça, passar por perícia médica e pelo crivo de um juiz, que pode ser uma pessoa preparada ou pode ser uma pessoa imbuída de preconceito. Com a lei, a pessoa só precisaria ir ao cartório fazer o pedido”, explicou Quaresma.
No dia 28 de abril, a presidenta Dilma Rousseff assinou o Decreto 8.727, que estabelece a utilização do nome social na administração pública federal. Considerado um avanço pela comunidade LGBT, o projeto está sob ameaça no governo interino de Michel Temer. O próprio líder do governo interino da Câmara é o deputado da bancada fundamentalista, André Moura (PSC-SE).
Em um de seus primeiros atos como presidente interino, Temer extinguiu o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. Em paralelo, na Câmara, na quarta 18, 28 deputados conservadores assinaram um Projeto de Decreto da Câmara que susta a medida tomada por Dilma em seus últimos dias antes do afastamento. Contra os retrocessos, a Parada LGBT deste ano busca reivindica a Lei de Identidade de Gênero.
Rede Brasil Atual, com informações da Secom - 25/5/2016