São Paulo - Violência, assédio, discriminação. Essas são algumas das mazelas que atingem a população LGBT em vários países – e no Brasil não é diferente. Somente no ano passado, 343 LGBTs foram assassinados no país, por conta de sua orientação sexual ou identidade de gênero, segundo o levantamento do Grupo Gay da Bahia (GGB).
Até 1990, a homossexualidade ainda era categorizada como doença. O quadro foi alterado no dia 17 de maio daquele ano, quando foi excluída da Classificação Internacional de Doenças (CID) pela Assembleia Mundial da Saúde. Desde então, a data é lembrada como o Dia Internacional de Combate à Homofobia.
O Sindicato luta cotidianamente ao lado dos bancários por direitos igualitários, igualdade de oportunidades e pelo fim da discriminação aos LGBTs nos locais de trabalho. A cláusula 50 da CCT, por exemplo, deixa claro: os direitos previstos na Convenção que são aplicáveis aos cônjuges dos bancários “abrangem os casos em que a união decorra de relação homoafetiva estável, devidamente comprovada”.
“A gente sabe que existe discriminação contra LGBTs na categoria. Recebemos uma série reclamações nesse sentido, e quem se sentir discriminado deve procurar imediatamente o Sindicato”, orientou Maikon Azzi, dirigente sindical e coordenador do coletivo LGBT do Sindicato.
Discussão – Na quarta-feira 17, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado realizará uma audiência pública sobre o enfrentamento à homofobia e à transfobia. Foram convidados Flávia Piovesan, do Ministério da Justiça; Toni Reis, da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT); Rafaelly Wiest e Patrícia Mannaro, da Aliança Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (LGBTI). A população pode participar enviando perguntas por intermédio do site do senado.
