São Paulo - “Todo tempo é tentar conscientizar a sociedade de que é preciso lutar contra o racismo, ter respeito pela diversidade, pela cultura negra por uma série de lutas que fazemos para combater a desigualdade, para promover a inclusão social, para trazer mais pessoas pra promover uma sociedade justa e igualitária, onde todos tenham direitos iguais e todos sejam respeitados”, destacou Neiva Ribeiro, secretária de Formação do Sindicato durante o debate A Abolição Inconclusa, realizado no sábado 13, no Sindicato.
O evento fez parte do seminário Escravização de Negras e Negros no Brasil: Quais Consequências, realizado da ECA com apoio da Faculdade 28 de Agosto, Rede Quilombação, Sindicato dos Bancários e Centro de Estudos Latino Americanos sobre Cultura e Comunicação (Celacc).
Para a dirigente Sindical, Érica de Oliveira, trata-se de um abismo racial. “Já passamos por 129 anos de abolição da escravatura, mas a gente não vê principalmente políticas públicas para o povo negro na questão da saúde, da moradia, da segurança, da educação, do lazer e com esse tipo de política pública a gente reduz esse tipo de desigualdade.”
Já o coordenador do Coletivo de Combate ao Racismo do Sindicato, Júlio Santos, lembra da importância dessa discussão no Sindicato em prol da igualdade de oportunidades, uma vez que ainda há poucos negros na categoria.
O professor da USP e membro da Rede Quilombação, Dennis Oliveira, destaca que a democracia não chegou na periferia, que ainda vive com execuções extrajudiciais, prisões ilegais e tortura. “Essas políticas de encarecimento, muitas vezes sustentadas por política de guerra às drogas, são mecanismo de contenção e exclusão e de segregação de jovens negros.”
