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Chapéu
Campanha 2018

Dia D para os bancários. Nossos direitos estão em risco

Linha fina
Data marca término da validade da CCT e coloca em risco todos os direitos da categoria diante do fim da ultratividade, previsto pela lei trabalhista pós-golpe; Campanha Nacional Unificada 2018 já está em curso, com consulta no site e debates das prioridades em Conferência Estadual no dia 26
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Arte: Linton Publio/Seeb-SP

A Campanha Nacional Unificada 2018 será a mais difícil dos últimos tempos para os bancários. Diante das mudanças impostas pela lei trabalhista após o golpe, nenhum direito mais está garantido.

A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, assinada em 2016 e que garantiu por dois anos todos os direitos dos bancários, deixa de valer em 31 de agosto de 2018. E o desmonte trabalhista extinguiu o princípio da ultratividade, por meio da qual as cláusulas de um acordo valiam até a assinatura de outro.

Assim, estão em risco VA, VR, PLR, licenças maternidade e paternidade, cláusulas de saúde e segurança, férias, jornada, horas extras, PLR e tantos outros direitos.

Por isso, o movimento sindical bancário antecipou toda a campanha. A consulta, por meio da qual os bancários respondem sobre suas prioridades, já está no ar (spbancarios.com.br/campanhanacional). No sábado 26, os delegados, eleitos em assembleia, debatem essa pauta em Conferência Estadual. Depois, de 8 a 10 de junho, a Conferência Nacional define a pauta dos trabalhadores que será apresentada aos bancos.

“Queremos que as negociações comecem o mais rápido possível e nossa primeira medida na mesa será exigir dos bancos respeito à ultratividade e aos direitos previstos na CCT”, afirma a presidenta do Sindicato, Ivone Silva.

“Não há nem a mais vaga razão para os bancos deixarem de cumprir a CCT da categoria bancária e vamos defender isso com toda veemência”, ressalta Ivone. “Nossa Convenção Coletiva de Trabalho tem abrangência nacional, atende a todos os bancários do Brasil. Foi construída durante mais de duas décadas na luta, mas também em mesas conjuntas de negociação onde estavam representados os dois lados: banqueiros e bancários. Nada ali é descabido ou passível de suspensão, ainda mais para um setor que continua lucrando muito, mesmo no cenário de uma das piores crises já atravessadas por nosso país. Ou seja, o trabalho dos bancários tem de ser respeitado e seus direitos também.”

BB e Caixa organizados

Os bancos públicos já definiram seus delegados e seus congressos nacionais, onde serão debatidas as questões específicas desses trabalhadores, nos dias 7 e 8 de junho.

“As cláusulas econômicas seguem em debate na mesa única da Fenaban. Uma estratégia que já dura 15 anos e se mostrou muito acertada, resultando em ganhos para toda a categoria”, lembra Ivone. “Vamos continuar nossa luta em defesa dos direitos, dos empregos e dessas instituições tão fundamentais para a economia nacional e para toda sociedade brasileira.”

Outros pontos em debate

Também serão debatidos na Conferência Estadual outros temas de grande importância para a categoria como a defesa dos empregos; a defesa da CCT com validade nacional e para todos os bancários; não às demissões em massa; a defesa dos bancos públicos; o combate à terceirização e a defesa da democracia.

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