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Leilão de loterias é adiado pela sexta vez

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Data para entregar a Lotex foi remarcada para o dia 28 de maio; Sindicato continuará mobilizado contra as privatizações, que retiram recursos de áreas como educação, saúde, esporte, segurança e podem acabar com o sonho da casa própria
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Arte: Fenae

O leilão da Lotex foi adiado pela sexta vez. Prevista para o dia 9 de maio, a nova data para o certame foi remarcada para o dia 28 do mesmo mês, conforme aviso da Comissão de Outorga do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social  (BNDES). A entrega de propostas e documentos necessários à participação no leilão será no dia 23 de maio e a divulgação dos interessados aptos a participar ficou para o dia 27.

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O Sindicato manterá as atividades contra a venda das loterias, o fatiamento e venda da Caixa e na defesa dos bancos públicos, alertando para o fato de que com a privatização o país perde repasses de recursos importantes para políticas públicas essenciais. 

Os protestos vêm ocorrendo todos os dias e são organizados pelo Comitê Paulista em Defesa da Caixa, coordenado pelo Sindicato e Apcef-SP. No Comitê participam, além de representantes das centrais, segmentos dos empregados da Caixa e da sociedade civil organizada, que serão mais atingidos pelo desmonte das loterias como estudantes e os movimentos de moradia.

“Segundo o próprio edital do leilão, o repasse total das loterias para a área social, que em 2017 foi de quase 50%, com a privatização da Lotex cai para 15%. Perdem áreas essenciais como cultura, educação, esporte e segurança. Por isso, a resistência dos empregados e da sociedade é fundamental para barrar essa ameaça. Vamos continuar mostrando ao governo e à população que não interessa a ninguém essa privatização”, enfatiza o coordenador da CEE/Caixa e diretor do Sindicato, Dionísio Reis.

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“Vemos que o atual governo hoje ataca não só as estatais brasileiras, como a Caixa, mas todos os serviços públicos e os direitos, o que inclui a Previdência, favorecendo interesses privados. Diante da ameaça de colocar fim à aposentadoria pública, solidária e para todos com a reforma da Previdência, o movimento sindical avaliou que o momento exige foco na greve geral, convocada pelas centrais para 14 de junho. Portanto, o 35º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef) ocorrerá junto com a Conferência Nacional: nos dias 1º e 2 de agosto de 2019, em São Paulo”, acrescenta.

De acordo com o balanço do banco público, de 2011 a 2016 as loterias da Caixa arrecadaram R$ 60 bilhões. Desse total, R$ 27 bi foram destinados para áreas sociais. 

Apenas em 2016, as loterias operadas exclusivamente pela Caixa arrecadaram R$ 12,9 bilhões, dos quais R$ 4,8 bi foram transferidos para programas sociais. Desse total, 45,4% foram direcionados para a seguridade social, 19% para o Fies, 19,6 % para o esporte nacional, 8,1% para o Fundo Penitenciário Nacional 7,5% para o Fundo Nacional de Cultura 7,5% e 0,4% para o Fundo Nacional de Saúde.  

O Sindicato realizará encontros com trabalhadores de bancos públicos, ainda no início de junho, intensificando as ações contra a tentativa do governo em privatizar o patrimônio do povo brasileiro. Além disso, será lançada no dia 8 de maio, depois de seminário sobre o tema, na Câmara dos Deputados, em Brasília, a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos.

“Além de barrar o fim das aposentadorias e da seguridade social, precisamos impedir o fatiamento da Caixa e a venda dos bancos públicos, que ameaça empregos e, sobretudo, o desenvolvimento social do país”, conclui Dionísio.

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