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Chapéu
Desrespeito

Coronavírus: Santander não atende reivindicações dos trabalhadores

Linha fina
Em mesa de negociação com a direção do banco, Sindicato voltou a cobrar medidas relacionadas à saúde dos funcionários e o trabalho ante a pandemia e ficou sem resposta para as principais reivindicações, entre elas o pagamento de horas extras nos feriados antecipados
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Foto: Seeb-SP

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região esteve reunido nesta terça-feira com a direção do Santander para tratar de medidas que, nesta pandemia do novo coronavírus, impactam diretamente na saúde dos trabalhadores do banco. Entre os assuntos discutidos estiveram o retorno precipitado do home office, o pagamento de horas extras para quem trabalhou nos feriados antecipados pela Prefeitura de São Paulo e pelo governo do estado e o fim da cobrança abusiva de metas e a das visitas presenciais a clientes durante a crise sanitária.

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Segundo a dirigente Maria Rosani, diretora executiva do Sindicato e bancária do Santander, o banco veio à mesa de negociação sem respostas para os questionamentos levantados pela representação dos trabalhadores. “Pedimos, entre outros, que o Santander revisse a questão do retorno do home office, da possibilidade de fazer testes e da medição de temperatura de acessos aos prédios, mas o banco não apresentou propostas e cronograma para implementar nossas reivindicações. Isso demonstra que o banco está mais preocupado com o lucro do que com a preservação da saúde e segurança de funcionários, clientes e população”, enfatiza a dirigente.

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Abaixo, os principais pontos discutidos no encontro:

Retorno do home office

A direção do Santander informou ao Sindicato que o percentual de pessoas varia de acordo com as áreas e que tem adotado algumas medidas para os trabalhadores que retornaram em 18 de maio. Entre elas está o espaçamento de 1,5m, a reserva de horário para almoço ou então o serviço delivery em lanchonetes e restaurantes dos prédios para evitar filas e aglomeração. Além disso, o banco informou que tem controles de acesso nas catracas e nos elevadores, e que os funcionários estão utilizando máscaras e álcool em gel.

Para o Sindicato, o retorno ao trabalho presencial foi precipitado e deveria ser negociado com a entidade com certa antecedência, pois o momento pede cautela. “Vemos com muita preocupação a volta ao trabalho neste momento da pandemia, com uma crescente lamentável no número de mortes e pessoas contaminadas. Esta volta, além de discutida com o Sindicato, deveria ser de forma escalonada, planejada, responsável e segura. Basta de decisões unilaterais do Santander. Reiteramos que qualquer aumento no percentual de trabalhadores retornando às suas atividades deve ser dialogado com o movimento sindical antecipadamente. O banco tem de ter mais responsabilidade social”, salienta a dirigente sindical Lucimara Malaquias, bancária do Santander.

Hora extra nos feriados

O Santander ainda não se posicionou sobre o pagamento de horas extras aos funcionários nos feriados entre quinta-feira da semana passada e a segunda-feira desta semana. Disse que está decidindo isso internamente, pois depende de outras áreas e de regulamentação do Bacen e da Febraban.

“Este atraso na demora do pagamento é muito ruim.  As pessoas já trabalharam e ainda não sabem se vão receber hora extra, ou se compensarão nos dias do feriado de fato. Trata-se de um desrespeito aos trabalhadores, pois o Sindicato cobrou, e outros bancos já se posicionaram sobre o pagamento de horas extras. O Santander já teve tempo suficiente para decidir sobre essa questão”, lembra Lucimara.

Processos para casos suspeitos e confirmados

Em relação aos procedimentos adotados para casos suspeitos e confirmados de coronavírus entre os trabalhadores, a direção do Santander explicou sobre os processos de higienização adotados e quando cada um deles é aplicado.

O Sindicato reforça a necessidade de mais agilidade nesse processo e no protocolo de afastamento e isolamento para casos confirmados e acrescenta que continuará monitorando os locais de trabalho.

Fim da cobrança de metas e das visitas

O banco disse que reforçou, em comunicado aos gestores, que as visitas presenciais a clientes devem ser suspensas durante a pandemia. Sobre a cobrança abusiva de metas, disse que as ações precisam ter razoabilidade.

Todavia, o Sindicato constatou que ambas as cobranças têm sido recorrentes nas regionais. “Houve um comunicado para todos os gestores, para não cobrarem visitas presenciais. Qualquer descumprimento deve ser informado imediatamente ao Sindicato, pois nestas horas, durante este período tenso, deve prevalecer o bom senso. Exigimos um outro comunicado, transparente, do banco para todos os seus trabalhadores, sobre metas, mas o Santander não se comprometeu a fazê-lo. Determinadas posturas de gestores devem ser corrigidas com urgência”, enfatiza Lucimara Malaquias.

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